LOGÍSTICA

Construção da Ferrogrão é prioridade do governo de Mato Grosso junto a Brasília

A ferrovia irá conectar importante região do agronegócio do estado ao futuro porto de Mirituba (PA).

Construção da Ferrogrão é prioridade do governo de Mato Grosso junto a Brasília
A Ferrogrão terá uma extensão de 930 quilômetros (Crédito: Canva Fotos)

A construção da ferrovia EF-170, a Ferrogrão, de 933 quilômetros de extensão é prioridade absoluta do estado de Mato Grosso junto ao governo Federal. A ferrovia irá interligar Sinop, no norte do estado, ao distrito de Mirituba, localizado no município de Itaituba (PA).

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Segundo o governador Mauro Mendes (União Brasil), a ferrovia foi apresentada como sendo de absoluta necessidade para o estado. “A expectativa é que o governo seja capaz de compreender a importância que o agronegócio mato-grossense tem nesse contexto de maior demanda global pelos produtos brasileiros. Investir em logística neste bom momento que o mundo oferece para o Brasil é fundamental para que possamos evoluir na infraestrutura e na competitividade”, afirmou em entrevista ao Broadcast Agro.

Ele ainda acrescentou que o bom momento dos preços favoráveis dos grãos pode não durar. “O Brasil precisa construir logística ainda mais competitiva para se tornar player perene na competitividade global, por isso a Ferrogrão é relevante nesse contexto”, explicou.

O projeto de construção da ferrovia está paralisado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A obra é estruturada para ser o principal eixo de escoamento de grãos de Mato Grosso, papel que hoje é exercido pela BR-163.

Há indicações do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), que são favoráveis ao andamento do projeto; por outro lado, existem resistências de ambientalistas. Renan Filho fala em destravar o projeto, a disse que irá discutir a questão e que vê caminhos para retomar a ferrovia. Defendeu ainda que a ferrovia também é “uma proteção do meio ambiente” porque reduziria o uso do modal rodoviário, que é mais poluente.

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Ele ressalvou que ouvirá a opinião da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como foi recomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Renan Filho afirmou recentemente que, na visão técnica do Ministério dos Transportes, a obra é viável, inclusive com 100% de investimentos privados.

Com relação às ressalvas que poderiam causar impactos ambientais com a construção da ferrovia, Mendes defendeu que a contabilidade dos efeitos deve levar em conta a emissão de gases de efeito estufa. “A Ferrogrão atenderia importante região de Mato Grosso e do Pará, onde a produção crescerá muito nos próximos anos, e transportar isso por caminhão será difícil, basta fazer a comparação do combustível fóssil que queimaríamos com o benefício de uma ferrovia”, detalhou.

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