ESTIAGEM

La Niña chega ao fim na Argentina. Será que vai chover?

Especialista aponta que pode chover um pouco acima da média histórica no próximo outono.

La Niña chega ao fim na Argentina. Será que vai chover?
O fenômeno La Niña tem causado prejuízos no agronegócio da Argentina provocando uma grave escassez de chuva (Crédito Foto: Reprodução/Télam Governo da Argentina)

O fenômeno climático La Niña chegou ao fim na Argentina, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia (SNM), compartilhando a notícia anunciada pela Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês). A Argentina vem sofrendo os efeitos de uma longa estiagem desde o ano de 2020, a pior em mais de 60 anos.

Publicidade

A escassez de chuvas tem afetado o setor do agronegócio na principais regiões agrícolas do país, o que pode causar impactos nas exportações; soja, milho e o rebanho bovino estão sendo especialmente afetados. Especialistas calculam o prejuízo em cerca de US$ 20 bilhões. Com fim do La Niña a previsão é de que volte a chover nas próximas semanas no país.

O declínio do fenômeno climático é importante para a Argentina. Porém, especialistas receiam a chegada do El Niño para o segundo semestre de 2023. Este outro fenômeno costuma ser acompanhado de precipitações mais volumosas.

“Apesar da mudança na temperatura do oceano, a atmosfera ainda mantém uma circulação alinhada com a do La Niña”, alertou o SMN. O La Niña foi oficialmente substituído por condições neutras do ENOS, explicou o Centro de Previsão Climática da NOAA em seu La Niña Final Advisory nesta quinta-feira (09).

Sistema ENOS refere-se às situações nas quais o oceano Pacífico Equatorial está mais quente (El Niño) ou mais frio (La Niña) do que a média normal histórica.

Publicidade

O calor extremo pouco usual que se mantém neste mês de março responde a vários fatores, incluindo o La Niña.  O meteorologista Sergio Jalfin explicou, em entrevista ao Perfil Argentina, que o “La Niña está diretamente associado à seca e, portanto, à falta de chuvas. Então, se não chover, os dias ficam mais claros e por efeito da radiação solar, a temperatura sobe mais. Isso é lógico, pois, como não há nuvens nessa época do ano, os dias acabam sendo mais quentes”.

Ele ainda acrescentou que “É provável que neste outono chova um pouco mais do que nos últimos outonos, porém as chuvas ainda serão insuficientes. Teremos que ter um pouco de paciência”

*A reportagem completa você encontra no site da Perfil.com

Publicidade

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.