A Argentina sofre uma severa seca desde o ano de 2020. Os índices de chuva estão bem abaixo das médias históricas. A situação da seca é crítica em razão da intensidade do evento climático chamado La Niña, que tem afetado seriamente a agricultura e a pecuária da Argentina.
O país tem de 2,78 milhões de km² e cerca de 45,4 milhões de habitantes e é dividido em 23 províncias, mais a Cidade Autônoma de Buenos Aires. A Argentina é um importante produtor de grãos e de carne bovina.
Além de ser sócio do Brasil no Mercosul, o agronegócio na Argentina credita o país como um dos players estratégicos do mundo.
A chefe do Gabinete de Monitoramento de Emergências Agropecuárias do Ministério da Agricultura, María de Estrada, explicou que “temos um déficit de chuvas menor do que entre 2007 e 2009, quando foi registrada a última grande seca”.
Ao apresentar o relatório sobre as Perspectivas Climáticas, Estrada destacou que a seca começou a aumentar durante o mês de julho no sul das províncias de Córdoba e San Luís, “mas depois houve um deslocamento para o leste, que acabou afetando a região agrícola mais produtiva do país”.
O estudo destacou ainda que durante o mês de dezembro, o déficit hídrico predominou na região Centro-Leste, Norte e Nordeste do país, acentuando, desta forma, as condições de seca. A região Centro-Leste, onde se concentra a maior parte da produção agrícola da Argentina, registou o ano mais seco dos últimos 62 anos. O triênio 2020-2022 foi o mais seco registado na média nacional.
Uma das razões para a falta de chuvas é a ocorrência do fenômeno atmosférico La Niña no país ao longo de 2022. O evento climático fez com que o ano passado fosse o oitavo mais seco da história. A situação é mais grave em porções do litoral e da região dos Pampas, segundo informou o Serviço Meteorológico Nacional.
O Sistema de Informação sobre Secas do Sul da América do Sul (Sissa), em relatório elaborado no começo do ano, mostrou que 45% do território argentino sofre com a falta de chuva. Do total da área afetada, 22,19% (555.812 km2) está em situação de seca moderada; 14,39% (360.466 km2) em situação de seca severa; e 9% (225.532 km2) em situação de seca excepcional.
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