O índice mede a evolução dos volumes vendidos ao setor privado de produtos para construção fabricados por empresas líderes do setor.
Esses produtos incluem tijolos cerâmicos, cimento Portland, cal, aços longos, esquadrias de alumínio, adesivos e argamassas, tintas impermeabilizantes, louças sanitárias, caldeiras e sistemas de aquecimento, torneiras e tubos de condução de água, pisos, revestimentos cerâmicos e materiais elétricos e eletrônicos.
Segundo relatado pela entidade, o IC registrou uma queda de 11,2% desestacionalizada mensalmente. Dessa forma, o acumulado de janeiro a março fechou 31,6% abaixo do mesmo período de 2023, o que representa uma forte queda no primeiro trimestre de 2024.
Los principales datos adelantados de la construcción (cemento y el índice Construya) muestran caídas de 40% interanual en marzo.
Mañana sale el dato de construcción de febrero. pic.twitter.com/iacXDapqTp
— Federico González Rouco (@FGRouco) April 8, 2024
As razões para a queda
Construya atribuiu este declínio nas vendas à redução da demanda por insumos devido à “diminuição na construção de obras públicas”.
Vale ressaltar que este é um dos principais aspectos da “motossera” de Javier Milei. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (OPC), nos primeiros dois meses do ano, o investimento real direto realizado pelo governo foi 80,5% menor do que no mesmo período do ano passado.
Isso levou a uma paralisação quase total das obras, independentemente de seu percentual de avanço anterior, e a uma queda consequente na compra/venda de insumos, contexto que resultou na declaração de “estado de emergência” pela Câmara Argentina da Construção (CAMARCO). O Instituto de Estatísticas e Registro da Indústria da Construção (IERIC) denunciou que, até o momento deste ano, mais de 40 mil empregos já foram perdidos.
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