BUENOS AIRES

Argentina tem alerta de greve dos ônibus; empresas dizem que não podem pagar reajuste

O sindicato anunciou que realizaria o movimento caso não houvesse o pagamento da remuneração base aos motoristas, com um aumento de 34% frente ao mês de fevereiro

Argentina tem ameaça de greve dos ônibus; empresas dizem não poder pagar reajuste
Ônibus na cidade de Buenos Aires – Crédito: Notícias Argentinas

O Sindicato dos Bondes Automotivos (UTA) está “em alerta” depois que as empresas rejeitaram a exigência do órgão de aumento salarial. Já nesta segunda-feira (8), o sindicato poderá realizar uma greve em toda a Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA).

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Embora o sindicato ainda não tenha confirmado a medida, as empresas garantiram que não podem pagar os valores demandados, razão pela qual o possível conflito continua em vigor.

O sindicato anunciou que realizaria a greve caso as empresas não pagassem a remuneração base aos motoristas, com um aumento de 34% face ao mês de fevereiro, o que implicaria um salário mínimo de 987 mil pesos.

O que dizem as empresas

As empresas explicaram que só poderão pagar o mesmo salário de fevereiro: 737 mil pesos. Naquele mês, também foi paga uma quantia única e não remunerada de 250 mil pesos, exigência da UTA para que fosse incorporada ao salário.

O embate entre ambas as partes ocorre porque a negociação salarial em curso ainda não foi assinada. Nesse âmbito, a joint venture considerou apenas os salários de janeiro e fevereiro, embora também tenha previsto que em março a base salarial de um motorista deveria ser de 987 mil pesos por mês.

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No entanto, o acordo não foi assinado, pelo que o Ministério dos Transportes estimou um cálculo de salário base de 737 mil pesos por motorista para envio de subsídios. Assim, a diferença em descoberto por trabalhador é de 250 mil pesos, um montante que as empresas afirmam não poder pagar.

“As empresas recebem subsídios com cálculo baseado em 737 mil pesos, mas a UTA reivindica 987 mil pesos com base na referida cláusula. A diferença (250 mil) para cada habitante (50 mil) é de cerca de 12,5 bilhões de pesos que faltam. Assim, as empresas não podem honrar um valor mesmo que este seja juridicamente válido, pois ao não fixar tarifas ou subsídios, o Ministério dos Transportes não contribuiu com esse valor para o cálculo do custo. Portanto, falta esse dinheiro ”, explicou a Associação Argentina de Empresas de Transporte Automotivo (AAETA).

* A reportagem completa você encontra em Perfil.com.

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