fator de risco

Estudo mostra impacto financeiro da obesidade infantojuvenil no SUS

Apesar do custo significativo, as internações de crianças e adolescentes no SUS devido à obesidade como causa primária somaram apenas R$ 5,5 milhões

Entre 2013 e 2022, a obesidade infantojuvenil gerou um custo de R$ 225,7 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Condição é apontada como fator de risco para outros problemas de saúde – Crédito: Canva

Entre 2013 e 2022, a obesidade infantojuvenil gerou um custo de R$ 225,7 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). Esse dado foi revelado por uma pesquisa do Instituto Desiderata, em colaboração com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Segundo a reportagem da Agência Brasil, apesar do custo significativo, as internações de crianças e adolescentes no SUS devido à obesidade como causa primária somaram apenas R$ 5,5 milhões. Isso indica que a obesidade raramente é considerada como o principal motivo de internação pelos profissionais de saúde.

“A tendência desses custos é aumentar. A obesidade infantojuvenil deve aumentar bastante na próxima década. A gente precisa de ações atuais para prevenir essa condição multifatorial. A gente costuma atribuir ao consumo de alimentos ultraprocessados o aumento da prevalência dos casos. Além disso, a falta de atividade física e o aumento do tempo de tela também contribuem para o excesso de peso”, disse Raphael Barreto, gerente de Obesidade do Instituto Desiderata.

Os dados foram obtidos a partir de sistemas públicos de informação em saúde do SUS, como o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Utilizando esses dados, foi idealizado um estudo de modelagem econométrica para aplicação no cenário brasileiro.

Segundo Eduardo Nilson, pesquisador e autor do estudo do Nupens/USP, “os novos métodos de modelagem são importantes como primeiros passos para estimar a carga econômica da obesidade que já ocorre na infância e adolescência, além de reforçar a urgência de políticas para prevenir o excesso de peso e a obesidade desde a infância”.

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A pesquisa também destaca que crianças com obesidade têm maior risco de desenvolver problemas de saúde durante a infância, como diabetes tipo 2, hipertensão, asma, apneia do sono, problemas músculo-esqueléticos e distúrbios metabólicos. Além disso, a obesidade infantil é um forte precursor de obesidade adulta, aumentando os riscos de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

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