operação Lesa Pátria

Argentina nega “pacto” entre Milei e Bolsonaro sobre foragidos de 8 de janeiro

Brasileiros envolvidos nos atos golpistas fugiram para outros países; PF estima que 47 entraram ilegalmente na Argentina

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Porta-voz da Argentina nega “pacto” entre Milei e Bolsonaro sobre foragidos dos atos golpistas – Créditos: Reprodução

O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, negou a existência de um “pacto de impunidade” entre Javier Milei, presidente do país vizinho, e Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. A explicação se refere à presença de foragidos brasileiros que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. De acordo com a Polícia Federal, pelo menos 180 cidadãos fugiram para outros países.

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O governo brasileiro deve formalizar o pedido de extradição de 47 fugitivos na Argentina em breve. Muitos dos foragidos realizaram pedido de asilo político, argumentando que sofrem de perseguição política no país. Considerando a aproximação ideológica entre Milei e Bolsonaro, a avaliação da justiça argentina é um possível ponto de discordância com as condenações brasileiras.

Adorni foi questionado por jornalistas durante uma coletiva de imprensa. “Claramente não fazemos pacto de impunidade com absolutamente ninguém. Você se referiu ao Bolsonaro, não, não fazemos pactos de impunidade, nem jamais faremos com ninguém. E, por outro lado, é efetivamente uma questão judicial. A justiça tomará as medidas correspondentes quando chegar a hora de tomá-las e nós as respeitaremos como respeitamos cada decisão judicial”, respondeu.

Sobre como os fugitivos do 8 de janeiro entraram na Argentina, o representante do governo afirmou não saber. Similarmente, também não respondeu se a presença dos brasileiro tem relação com uma suposta negligência das autoridades alfandegárias.

Foragidos na Argentina

A investigação dos foragidos faz parte uma nova fase da megaoperação Lesa Pátria. No início de junho, agentes da PF concluíram que pelo menos 65 envolvidos no vandalismo na praça dos três poderes fugiram para a Argentina.

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De acordo com o g1, os brasileiros entraram no país vizinho diversas formas ilegais: a pé, escondidos em porta-malas de carros que atravessaram por diversas passagens de fronteira, ou de barco pelo rio Paraná. As fugas aconteceram neste ano.

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