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Quais os petistas que foram alvos de operações e voltaram à cena política?

Figuras petistas têm retomado suas atividades nos bastidores sem ocupar cargos oficiais, mas exercendo influência nas articulações políticas

Quais os petistas que foram alvos de operações e voltaram à cena política?
Ex-ministro José Dirceu (à esq.), o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e os tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Delúbio Soares – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

A cena política de Brasília tem observado o retorno de figuras proeminentes do Partido dos Trabalhadores (PT) que estiveram afastadas devido a processos judiciais. Estes políticos petistas têm retomado suas atividades nos bastidores sem ocupar cargos oficiais, mas exercendo influência nas articulações políticas.

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Entre essas personalidades, estão o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e os tesoureiros do PT Delúbio Soares e João Vaccari Neto.

As movimentações indicam um esforço do PT em reorganizar suas bases e estratégias após os escândalos que abalaram o partido nos últimos anos. A influência de personalidades com histórico e experiência sugere uma possível revitalização das táticas partidárias visando futuros embates eleitorais.

Reinserção de veteranos petistas nos diálogos políticos

Dirceu, figura central no primeiro governo de Lula, após ver uma de suas condenações extintas pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tem contemplado a possibilidade de candidatar-se a deputado federal em 2026. O ex-ministro, que tem mantido um escritório na capital federal, é visto frequentemente em eventos e reuniões importantes.

 

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João Paulo Cunha, por sua vez, tem sido mais discreto, evitando os holofotes. Embora mantenha contato frequente com integrantes do governo, seu foco é o escritório de advocacia que possui em parceria com Ophir Cavalcante, ex-presidente da OAB. Durante sua pena por corrupção passiva e peculato no mensalão, Cunha concluiu o curso de Direito.

No ano passado, ele começou a atuar em favor da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Cunha afirmou ao site O Globo que não pretende voltar a disputar cargos públicos e se recusou a comentar seus contratos como advogado, dizendo: “minhas atividades são privadas, não são públicas. Estou trabalhando“.

Já Delúbio Soares tem se dedicado a reuniões no interior do Brasil. Em junho, participou de um encontro em Teófilo Otoni, Minas Gerais, com funcionários dos Correios filiados ao PT, e também visitou a cidade de Paulista, Pernambuco. Durante esses encontros, são distribuídas revistas sobre os processos que Delúbio enfrentou no mensalão e na Lava-Jato, intituladas “Delúbio Soares, o réu sem crime“.

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Vaccari, influenciando decisões estratégicas dentro do partido, têm desempenhado papéis fundamentais na reestruturação do PT. Recentemente, o ex-tesoureiro foi peça chave em mudanças administrativas no Conselho Nacional do Sesi, demonstrando que ainda possui relevância nas decisões partidárias.

Em janeiro, o ministro do STF Edson Fachin anulou uma condenação de 24 anos de prisão de Vaccari por recebimento de propina de uma empresa contratada pela Petrobras. Fachin determinou que o caso seja analisado pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal, pois ele foi acusado de arrecadar recursos para o partido.

Segundo seu advogado, Ricardo Velloso, Vaccari ainda enfrenta duas condenações aguardando recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e no STJ, além de processos pendentes na Justiça Eleitoral. A defesa acredita que todos os processos estão prescritos.

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