TRAGÉDIA

Especialistas analisam possíveis causas da queda do avião em Vinhedo (SP)

Uma das hipóteses do acidente pode ter sido o congelamento de partes da aeronave por questões meteorológicas

Especialistas analisam possíveis causas da queda do avião em Vinhedo (SP)
O avião fazia o trajeto de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP; a queda aconteceu em Vinhedo – Crédito: Reprodução

Um avião turboélice, da Voepass, modelo modelo ATR-72, caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (9). Os 57 passageiros e quatro tripulantes morreram na queda. A aeronave fazia o trajeto de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP).

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Especialistas analisam possíveis causas da queda da aeronave

Especialistas em aviação civil explicam que uma das hipóteses da queda pode ser congelamento de partes da aeronave por questões meteorológicas. Celso Faria de Souza, engenheiro mecânico-aeronáutico, explica que no local onde o avião estava havia a previsão de formação de gelo. “Aeronaves como o modelo ATR-72 possuem um sistema que impede a formação de gelo, chamado DE-Ice”.

Este sistema, de acordo com Souza, funciona como se fosse um “balão”. Ele, que também  é perito criminal do estado de Goiás com especialização em acidentes aéreos, esclarece que “o balão está colado na ponta da asa. Quando o gelo começa a se formar, o sistema é ligado e o balão infla, quebrando, assim, a camada de gelo”.

Souza, porém, ponderou que ainda é cedo para afirmar quais as razões para a queda da aeronave em Vinhedo. “O que pode ter acontecido é o sistema não ter sido ligado, ou ainda, o balão podia conter furos”, disse o especialista, o que impossibilitaria o pleno funcionamento do DE-Ice.

Segundo Marcus Pacobahyba, presidente do Instituto Brasileiro de Perícias Judiciais, “a impressão é que está em estol de estabilizador horizontal ou estol de profundor. Nestes casos, a aeronave perde sustentação”, explica.

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Ele afirma que o avião tem o estabilizador horizontal em T e fica na parte superior do estabilizador vertical.  Nestes casos, a aeronave perde sustentação e o piloto perde o controle do profundor, não conseguindo recuperar o voo normal.

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