TECNOLOGIA OCEÂNICA

Construções aquáticas podem tornar a vida de baixo d’água possível

A iniciativa principal dessa missão é o sistema Sentinel, um habitat subaquático que permitirá que as pessoas vivam e trabalhem a uma profundidade de 200 metros por até um mês

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Construções aquáticas – Créditos: Reprodução/DEEP

Quando um popular centro de mergulho em uma pedreira inundada perto de Bristol, no Reino Unido, foi fechado no início de 2022, muitos mergulhadores ficaram curiosos. Quase dois anos depois, surgiram respostas. A DEEP, uma empresa de tecnologia oceânica com sede no Reino Unido, adquiriu o local para transformá-lo em um centro de pesquisa e campus da empresa, com uma missão ambiciosa: “tornar os humanos aquáticos”.

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A iniciativa principal dessa missão é o sistema Sentinel, um habitat subaquático que permitirá que as pessoas vivam e trabalhem a uma profundidade de 200 metros por até um mês. Composto por módulos interconectados, o sistema é projetado para ser altamente versátil, adaptável tanto para missões pequenas quanto para estações de pesquisa maiores.

Além de oferecer um espaço para morar, o sistema Sentinel é uma plataforma de pesquisa multifuncional. Ele pode ser utilizado para uma variedade de propósitos, incluindo a coleta de dados sobre a química dos oceanos e a escavação de naufrágios históricos.

  • Componentes: Módulos interligados que podem ser adaptados para missões de diferentes tamanhos.
  • Versatilidade: Pode abrigar desde uma equipe de seis pessoas até uma estação de pesquisa com 50 membros.
  • Uso científico: Ideal para estudos prolongados no fundo do mar, contribuindo significativamente para a pesquisa sobre os oceanos.

Construções aquáticas

Antes do lançamento completo do sistema Sentinel, a DEEP pretende testar um protótipo menor conhecido como Vanguard. Este habitat subaquático, com 12 metros de comprimento e 7,5 metros de largura, pode acomodar três pessoas por até uma semana.

O Vanguard tem várias aplicações práticas, principalmente em situações que exigem mobilização rápida. Por exemplo, em missões de busca e resgate, como a que ocorreu em agosto de 2023 quando um iate afundou na Sicília.

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  1. Missões de resgate: Pode servir como base de operações para mergulhadores.
  2. Pesquisa e desenvolvimento: Usado para desenvolver e testar sistemas que serão implementados no Sentinel.
  3. Treinamento: Pode ser utilizado para treinar futuros ocupantes do sistema Sentinel.

Qual é a visão futura para o Sentinel?

De acordo com a DEEP, o objetivo final é criar uma presença humana permanente no fundo do mar, semelhante à Estação Espacial Internacional. O lançamento completo do habitat está previsto para 2027.

Para alcançar essa meta, a empresa está investindo em tecnologia de ponta. Os módulos do Sentinel serão impressos em 3D usando uma superliga de níquel, conhecida como Inconel, capaz de suportar condições extremas.

Além disso, a conectividade é garantida por uma boia de suporte na superfície equipada com uma interface Starlink. A energia será fornecida por fontes renováveis, como turbinas eólicas e painéis solares.

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A criação de habitats aquáticos como o Sentinel pode trazer múltiplos benefícios para a humanidade e para a pesquisa oceânica:

  • Preservação ambiental: Permite que biólogos marinhos realizem estudos aprofundados.
  • Turismo e treinamento: Oferece novas oportunidades para turismo aquático e treinamento de astronautas.
  • Monitoramento de infraestrutura: Permite o monitoramento e reparo de estruturas submarinas críticas.

A DEEP também está trabalhando em colaboração com organizações e governos ao redor do mundo para garantir que os habitats possam ser utilizados de forma segura e produtiva.

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