Manoel José Nunes Neto, de 17 anos, natural do Piauí, recebeu o Stockholm Water Prize, considerado o Prêmio Nobel da Ciência Jovem, em 2024. Manoel desenvolveu o “Rover Aquático”, um dispositivo de baixo custo que analisa o PH, a temperatura, a turbidez e o oxigênio dissolvido da água de forma autônoma e remota.
O projeto revoluciona o monitoramento da qualidade da água, minimizando a necessidade de técnicos em campo e reduzindo o risco de exposição a áreas contaminadas. Feito com peças recicláveis e placas fotovoltaicas, que utilizam energia limpa, o dispositivo foi inspirado nas comunidades ribeirinhas de sua região.
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Rover aquático pode revolucionar o monitoramento da qualidade da água
O Rover Aquático tem grande potencial para impactar comunidades e países com dificuldades no controle de recursos hídricos. Segundo o relatório UN World Water Development Report 2023, divulgado pela Unesco em parceria com a ONU Água, 26% da população global não tem acesso à água potável e 46% não possuem serviços de saneamento seguros.
O dispositivo criado por Manoel funciona 24 horas por dia, fornecendo informações sobre a qualidade da água com precisão. Trata-se de um projeto inovador e sustentável, com capacidade de resolver problemas locais e globais no monitoramento dos recursos hídricos.
Manoel é o primeiro nordestino a representar o nosso país nesse tipo de prêmio. Segundo o site IG, ele disse que quer “mudar o mundo”.
O impacto da ciência e tecnologia
A pesquisa “O que os jovens pensam da ciência e da Tecnologia”, realizada pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública de Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) em 2024, revelou que a maioria dos jovens tem grande interesse por essas áreas. Segundo os dados, 77% dos jovens afirmam ter muito interesse em ciência e tecnologia; 67% se interessam especificamente por essas áreas e 66% por medicina e saúde. O interesse é maior entre os jovens com maior escolaridade e varia conforme a região do país, com destaque para o Norte, onde o percentual de interesse é mais alto. No entanto, ainda existem obstáculos para a democratização do conhecimento.
Apesar do interesse, a participação dos jovens brasileiros em atividades científico-culturais, como museus científicos, permanece baixa. Apenas 8% dos entrevistados visitaram museus ou espaços de ciência. Além disso, apenas um em cada dez jovens vê a ciência feita no Brasil como avançada, enquanto quatro em cada dez a consideram intermediária, e metade a classifica como atrasada.
Durante a gestão no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, foi criada uma secretaria dedicada à popularização da ciência. Também houve apoio às olimpíadas do conhecimento, competições voltadas para estudantes de diferentes faixas etárias.
No Senado, foi instituída a Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica, com o objetivo de promover o ensino técnico e científico como pilares fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
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