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Boulos perde no bairro em que mora e na periferia; veja detalhes

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Durante o segundo turno, Boulos perdeu na zona eleitoral correspondente ao bairro em que mora – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

A eleição municipal de São Paulo de 2024 trouxe à tona importantes reflexões sobre o comportamento dos eleitores e o papel da política local. Guilherme Boulos (PSOL), um dos candidatos mais proeminentes, enfrentou desafios significativos no segundo turno contra o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). As zonas eleitorais periféricas, que historicamente têm grande influência nos resultados, desempenharam um papel crucial no desfecho da votação.

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No primeiro turno, Boulos conquistou vitórias notáveis em várias regiões da cidade, particularmente naquelas em que predomina a classe trabalhadora. No entanto, a disputa acirrada nas urnas no segundo turno resultou em uma virada curiosa nos números. Este artigo explorará os resultados e analisará o panorama destas eleições no contexto das zonas urbanas de São Paulo.

Quais zonas eleitorais se destacaram nas eleições?

Durante o primeiro turno, Boulos venceu em 20 zonas eleitorais, sinalizando um apoio expressivo em áreas específicas como Piraporinha e Valo Velho na zona sul, além de Bela Vista no centro. Entretanto, o segundo turno mostrou uma dinâmica diferente com Nunes recuperando terreno em diversas regiões, incluindo o Morumbi e a Vila Mariana. É interessante observar como as zonas periféricas, que deram a Boulos uma vitória inicial, mostraram-se mais favoráveis a Nunes na continuidade da disputa.

Confira um retrato da distribuição de zonas no primeiro e no segundo turno:

Mapa das zonas eleitorais de São Paulo no segundo turno. Nunes é representado na cor cinza, e Boulos amarelo – Créditos: Reprodução

Por que a periferia é tão influente nas eleições?

A periferia de São Paulo, com sua densidade populacional significativa e diversidade socioeconômica, sempre desempenha um papel estratégico nas eleições municipais. Essas áreas demandam políticas públicas que lidam diretamente com questões de transporte, saúde e infraestrutura, temas que figuram no centro das propostas dos candidatos. O eleitorado dessas regiões, que frequentemente enfrenta desafios diários ligados a políticas públicas ineficazes, tende a buscar mudanças e promessas que ressoem com suas necessidades imediatas.

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Na eleição de 2024, tais segmentos mostraram que sua lealdade nos pleitos eleitorais pode ser volúvel, dependendo do alinhamento das campanhas com suas expectativas. Boulos aproveitou inicialmente esse ímpeto, mas a execução do segundo turno por Nunes indicou sua capacidade de cortar esta margem.

Como os resultados variaram nas principais regiões?

Comparando ambas as etapas da eleição, variações significativas são observadas. Em localidades como o Campo Limpo, Boulos obteve 34,87% dos votos no primeiro turno, mas subiu para 48,70% no segundo. Contudo, Nunes superou essa vantagem finalizando a votação com 51,60% nesta segunda etapa. Resultados similares são vistos em outras regiões como Capão Redondo e Pinheiros, onde as margens de vitória no segundo turno foram favoráveis a Nunes.

Essa retração no apoio inicial a Boulos sinaliza uma tendência de os eleitores revisarem suas escolhas conforme a campanha avança, levando em consideração debates, discussões públicas e a exposição das propostas de cada candidato.

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