combate à desinformação

Meta afirma que fim de checagem de fatos será exclusivo para os EUA

A Meta esclareceu que o encerramento do programa de checagem de fatos nas redes sociais ocorrerá, inicialmente, apenas nos Estados Unidos.
Meta anunciou novas diretrizes na semana passada – Crédito: Meta/Reprodução

A Meta esclareceu à Advocacia-Geral da União (AGU) que o encerramento do programa de checagem de fatos da empresa nas redes sociais ocorrerá, inicialmente, apenas nos Estados Unidos. Segundo o documento enviado pela companhia, a medida será testada e ajustada antes de uma possível expansão para outros países.

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A Meta desde já esclarece que, no momento, está encerrando seu Programa de Verificação de Fatos independente apenas nos Estados Unidos, onde testaremos e aprimoraremos as Notas da Comunidade antes de dar início a qualquer expansão para outros países”, informou a empresa.

Como a mudança impactará o combate à desinformação?

No documento, a Meta detalhou que as alterações foram desenvolvidas para equilibrar liberdade de expressão e segurança. A empresa argumenta que a aplicação excessiva de políticas no passado, em alguns casos, limitou o debate político e restringiu a livre expressão.

A companhia afirmou que continuará usando sistemas automatizados para identificar violações graves, como terrorismo, exploração sexual infantil, fraudes e outros crimes. No entanto, as ferramentas não serão mais aplicadas a conteúdos considerados de baixa gravidade, com o objetivo de reduzir erros e excesso de moderação.

Esperamos que nossa abordagem para a desinformação seja aprimorada com o empoderamento de nossos usuários, que decidirão quando postagens são potencialmente enganosas e precisam de mais contexto, reduzindo o risco de vieses nas decisões de moderação de conteúdo”, destacou a empresa.

Resposta da Meta à AGU

A manifestação enviada pela Meta atende à determinação da AGU, que exigiu esclarecimentos sobre o fim da checagem de fatos. Na última sexta-feira (10), o órgão expressou preocupação com as possíveis consequências da decisão e cobrou medidas das big techs para preservar a integridade do ambiente informacional.

A Meta, que administra plataformas como Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp, anunciou as mudanças no dia 7 de janeiro. Entre as novas diretrizes estão a redução de filtros e moderação de conteúdos, além do encerramento da checagem de fatos. O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, também mencionou a intenção de trabalhar com o governo do presidente Donald Trump para enfrentar ações de censura promovidas por outros países.

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