programa Nacional de Biocombustível

Carlos Fávaro defende regulamentação de biodiesel B20

Em março foi aprovado o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no Brasil pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

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(Crédito: José Cruz / Agência Brasil)

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a regulamentação do uso da mistura de 20% de biodiesel (B20) no abastecimento de veículos movidos a diesel, o que reduziria a emissão de dióxido de carbono (CO2), em comparação ao uso de diesel fóssil puro.

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“Não é possível discutir mais a despoluição do mundo e captura de carbono e, por outro lado, consumir produto fóssil, combustível fóssil. É inconcebível ter que consumir diesel S 500, que é altamente poluidor, altamente carregado em enxofre, no momento em que o mundo fala em descarbonização, em limpeza do planeta.”

A defesa da regulamentação aconteceu durante a 4ª edição do Biodiesel Week, na última quinta-feira (10), em Brasília. O evento é organizado pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e conta com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroenergia; e do Fórum ProBrasil.

Na ocasião, Fávaro lembrou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, em março deste ano, o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no Brasil, a partir de abril.

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O ministro destacou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva valoriza os biocombustíveis e, por isso, o ministro entende que o Programa Nacional de Biocombustível voltou a dar segurança jurídica ao setor. “Com a retomada deste programa, com previsibilidade, pode-se olhar para frente. Ninguém investe bilhões de reais, como foi investido, para ver vulnerabilidades. Retroceder naquilo que já tinham conseguido era um absurdo gigante.”

“[O biocombustível] é matéria limpa nossa, que gera emprego e oportunidades na agricultura familiar, que garante estabilidade no mercado de soja e, consequentemente, no mercado das carnes. A gente precisa dar destino ao óleo. E precisamos diminuir as imprevisibilidades, as incertezas, nas cabeças dos produtores e empresários que investiram e não sabiam o que fazer se o programa [Nacional de Biocombustível] acabasse”, destacou Fávaro, ao falar sobre as vantagens do combustível renovável.

O presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, expôs as reivindicações dos empresários do setor e cobrou que o biodiesel seja incluído no projeto de lei sobre o Combustível do Futuro, que terá o objetivo de incentivar a pesquisa e estimular a produção de energia limpa, para integrar políticas de descarbonização no país.

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A liderança da Ubrabio apontou o biodiesel como bom substituto do óleo diesel e que servirá para contribuir para sustentabilidade social, ambiental e econômica, com a previsão de redução de custos. Ferrés ainda citou a expectativa de aumentar o teor de biocombustível no diesel para 15% (mistura B15), em 2025 e ainda foi além.

“É um momento ímpar para discutir o aumento para 20%. Não há necessidade de novos testes. O biodiesel é um extraordinário substituto ao óleo diesel por sua ‘renovabilidade’, sequestro de carbono, geração de empregos e atração de investimentos ao país.”

Entre os temas discutidos durante a 4ª Biodiesel Week estão longevidade do uso do biodiesel, inovação, contribuição do biocombustível para a produção de alimentos e desenvolvimento da agricultura familiar, bem como adoção de novas tecnologias.

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