
Minas Gerais deve produzir mais cana-de-açúcar na safra 2023/24, superando as 71,8 milhões de toneladas registradas em 2020, maior volume já produzido no Estado. A estimativa é da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig). As chuvas mais favoráveis ao longo dos últimos meses estão contribuindo para o melhor desenvolvimento da safra de cana-de-açúcar no estado.
De acordo com o presidente da Siamig, Mário Campos, o aumento é resultado das melhores condições climáticas. “Para 2023, as expectativas em relação à produção de cana-de-açúcar em Minas são muito positivas. A tendência é que a gente supere a moagem vista em 2020. Essa expectativa positiva é em função do regime de chuvas nos últimos 12 meses. As chuvas em partes do ano passado e também agora no verão estão sendo surpreendentes, com volumes expressivos de água. O sol também tem ajudado”, explicou ao Diário do Comércio nesta sexta-feira (03).
Em relação aos produtos (etanol e açúcar), as estimativas são positivas. “A gente está vendo um mercado de açúcar bem positivo. Um efeito interessante que temos observado que é favorável é a entrada forte da Índia no segmento do etanol. Isso vai tirar açúcar do mercado externo, que estava com excedente. A transformação de mais cana em etanol na Índia vai gerar menos açúcar e deixar espaço no mercado para o nosso produto”.
Para o etanol, a estimativa também se mostra favorável. Campos avalia como positiva a volta dos impostos federais sobre os combustíveis. Segundo ele, a medida pode estimular o consumo do biocombustível, uma vez que a relação de preço deve ser mais positiva para o etanol.
Em relação a safra que está terminando, os últimos dados, até 16 de fevereiro, mostram que as usinas instaladas em Minas Gerais já esmagaram 67,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume que superou em 5,8% a moagem da safra 2021/22, que foi de 63,8 milhões de toneladas. O Triângulo Mineiro é a maior região produtora de cana-de-açúcar do estado.
Do cafezinho ao etanol: como El Niño pode afetar Brasil em 2023: Agência da ONU vê 55% de chance de fenômeno voltar em junho, elevando as temperaturas globais. No Brasil, pode afetar produção de grãos, cana de açúcar e outros setores. Agência da ONU vê… https://t.co/EdTxVQ6lfK pic.twitter.com/eBlJRHuHy6
— Cleyton Silva (@cleytondasiva) March 4, 2023