níveis dos rios

Amazonas decreta situação de emergência em 20 municípios por conta da seca

Segundo o governador Wilson Lima, a medida surge como uma ferramenta para agilizar a ajuda necessária aos municípios mais afetados

O Estado do Amazonas enfrenta atualmente um duro período de estiagem que forçou o governo estadual a tomar ações decisivas.
Foco de incêndio no Amazonas – Crédito: SECOM/AM

O Estado do Amazonas, conhecido por seu vasto território dominado pela Floresta Amazônica, enfrenta atualmente um duro período de estiagem que forçou o governo estadual a tomar ações decisivas. Nesta sexta-feira (5), foi decretada situação de emergência em 20 municípios devido à vazante significativa dos rios, abaixo do esperado para o período.

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O Rio Negro marcou nesta sexta-feira 26,70 metros, um valor inferior aos registros de anos anteriores no mesmo período, que mostravam níveis bem mais elevados, como 27,89 metros em 2023. Segundo o governador Wilson Lima, o decreto de emergência surge como uma ferramenta para agilizar a ajuda necessária aos municípios mais afetados. Essa movimentação inclui tanto o suporte local quanto o alinhamento com o Governo Federal.

“É importante para que eles possam se mobilizar e que a gente possa também estabelecer essa relação e essa comunicação com o Governo Federal. É importante para que a gente tenha um guarda-chuva de legalidade para tomar as decisões e as ações que vamos tomar, para que essa ajuda possa chegar o mais breve possível”, explicou o governador.

Ampliação dos decretos

A preocupação não se limita apenas à queda dos níveis dos rios. O governo do Amazonas também estendeu suas medidas preventivas ao assinar um decreto de Emergência Ambiental em 22 cidades, contemplando a Região Metropolitana de Manaus e áreas ao sul do estado. Isso se deve, em grande parte, aos 560 focos de incêndio já combatidos em apenas um mês pela Operação Aceiro 2024.

Como o Amazonas se prepara para adversidades climáticas?

Desde o ano passado, um robusto planejamento foi colocado em ação, mirando a minimização dos efeitos de possível nova seca. Conforme o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, o Decreto de Emergência Ambiental define as atribuições das entidades do governo, mas também traz uma inovação porque determina os critérios de qualidade do ar, uma vez que ano passado o estado enfrentou um problema grave com as fumaças que se localizaram na capital e também proíbe o uso do fogo enquanto persistir a estiagem.

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Essas medidas são parte de um plano que ainda inclui a formação de um Comitê de Enfrentamento à Estiagem, com participação de 33 secretarias e entidades governamentais. Este é complementado por um Comitê Técnico-Científico responsável por assessorar sobre temáticas relacionadas às mudanças climáticas extremas que possam impactar a região.

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