ANÁLISE POLÍTICA

Roberto Mangabeira Unger: “O Brasil está parado e isso é uma tragédia”

Em entrevista exclusiva, o filósofo e ex-ministro faz uma análise do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e da polarização que toma conta do Brasil

Brasil
Nesta entrevista, Roberto Mangabeira Unger faz reflexões sobre o Brasil – Divulgação

Nesta entrevista exclusiva, Roberto Mangabeira Unger reflete sobre o cenário político do Brasil. Estagnação, marasmo e mediocridade são as palavras do filósofo para definir a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Mangabeira Unger é enfático e coloca o dedo em uma ferida que ele conhece bem: foi, por duas vezes, ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Abaixo, alguns pontos abordados durante a entrevista.

Governo Lula III

Na sua opinião, Lula  ‘está cansado’, mas não tem substituto.  Segundo o filósofo, “o narcisismo político fechou o lula-petismo na figura de Lula” e não há nenhum nome que seja tão fortalecido quanto o dele.

Quando falamos de 2026, Mangabeira afirma que Lula não deveria ser candidato à reeleição. “Deveria abrir mão e apoiar um dos governadores do Nordeste, como por exemplo, Rafael Fonteles, do Piauí.”

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Sucessores de Bolsonaro

Já no lado do bolsonarismo, menciono nomes como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, governador de SP, além de Ronaldo Caiado, de Goiás.

“O melhor para ele (Bolsonaro) e para o país seria ousar e escolher alguém de fora, que faça o que ele não fez no governo, que é promover um capitalismo popular”.

Nas eleições de 2022, trabalhou junto ao candidato Ciro Gomes. Questionado sobre os eventuais erros de Ciro, afirma: “Não vejo grandes erros, mas um cenário inóspito em que a predominância daquelas duas forças políticas reforçou a necessidade do voto útil”.

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Polarização no Brasil

Sobre a divisão do país entre Lula e Bolsonaro, ele diz que a polarização é superficial. No entanto, destaca que há o embate entre duas tribos políticas. Porém, os dois líderes são bem parecidos no projeto de poder:

“O que predominou em ambos é, de um lado é a subordinação aos bancos, aos mercados e ao financismo e do outro lado a distribuição de assistencialismo aos pobres. O país está há várias décadas estagnado.”

Por fim, ao mencionar quem seria a terceira via capaz de ‘furar’ esta bolha, o ex-ministro reflete sobre a necessidade de um movimento que traga novos rumos ao país. “Pensar numa terceira via é permanecer na mediocridade”, enfatiza. “Precisamos de uma alternativa a essa via única que está no poder há décadas”, conclui.

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Veja a entrevista completa!

 

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