O ciclone extratropical que se formou neste domingo, 11 de agosto de 2024, estava previsto para causar uma forte agitação marítima no início desta semana nas costas do Sul e Sudeste do Brasil. A Marinha do Brasil emitiu um alerta para mar agitado e ressaca, chamando a atenção das autoridades e da população costeira.
Os ventos associam-se ao ciclone e intensificam-se consideravelmente desde o litoral do Rio Grande do Sul até o sul de São Paulo, oscilando entre 51 a 70 km/h. Nas demais áreas, entre o litoral de São Paulo e do Espírito Santo, a velocidade dos ventos varia de 40 a 50 km/h, afetando tanto a navegação quanto as atividades de pesca e turismo.
Ressacas no Sul e Sudeste: As ondas podem chegar a 4 metros?
A Marinha do Brasil emitiu diversos avisos de ressaca, destacando a gravidade da situação. Entre Chuí no Rio Grande do Sul e Laguna em Santa Catarina, são esperadas ondas que variam de 2,5 a 4,0 metros de altura. Este aviso é válido até a quarta-feira, 14 de agosto de 2024.
Já entre Laguna, em Santa Catarina, e Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, a previsão para a altura das ondas é semelhante, com o aviso permanecendo em vigência até quinta-feira, 15 de agosto de 2024. A agitação marítima não para por aí: também há avisos válidos até a quinta-feira de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, até São Mateus, no Espírito Santo, com ondas na mesma altura.
O que fazer em casos de ressaca?
Quando ocorre ressaca, é crucial que a população siga algumas medidas de segurança para evitar acidentes. Abaixo, listamos algumas recomendações importantes:
- Evitar a Natação: Com a alta instabilidade das águas, nadar pode ser extremamente perigoso.
- Evitar a Prática de Esportes Aquáticos: Condições adversas aumentam o risco de acidentes.
- Manter-se Informado: Acompanhar as atualizações meteorológicas e os avisos da Marinha ajuda a se preparar melhor.
- Manter Distância da Orla: Evitar transitar próximo à arrebentação, onde as ondas são mais violentas.
- Cuidados com Embarcações: Pequenas embarcações devem evitar sair ao mar para não serem surpreendidas pela força das ondas.
Como os eventos climáticos afetam a população costeira?
As ocorrências de ciclones extratropicais e ressacas podem ter sérios impactos na vida da população que habita áreas costeiras. Além dos riscos diretos, como afogamentos e danos a propriedades, essas condições meteorológicas adversas podem afetar o comércio local, especialmente os setores de pesca e turismo, importantes fontes de renda para muitas comunidades.
As escolas de surfe, por exemplo, precisam interromper suas atividades e os pescadores normalmente se veem obrigados a suspender suas saídas ao mar, além disso, a erosão costeira, comum em períodos de mar agitado, pode causar danos ambientais de longo prazo às praias e ecossistemas adjacentes.
Prevenção e planejamento: Como se preparar?
Os gestores municipais e estaduais precisam de um planejamento prévio para minimizar os impactos de ciclones e ressacas. Estruturas de contenção de erosão e planos de evacuação para comunidades mais vulneráveis são medidas essenciais.
- Identificação de Áreas de Risco: Mapear as áreas mais suscetíveis a danos e inundações.
- Plano de Evacuação: Estabelecer rotas de saída e pontos de apoio para a população.
- Infraestrutura Adequada: Reforçar ou construir barreiras e outras estruturas que minimizem os efeitos da erosão e das ondas.
- Campanhas Educativas: Informar a população sobre os procedimentos a serem adotados em situações de risco.
- Monitoramento Contínuo: Manter um sistema ativo de monitoramento meteorológico e oceanográfico.
Com essas medidas, é possível minimizar os danos e proteger a vida de quem vive e trabalha no litoral. Este é o momento de estar atento e seguir todas as recomendações oficiais para enfrentar a ressaca e os fortes ventos causados pelo ciclone extratropical.
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