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“Contribuição”: funcionária pública vai doar o próprio corpo para a ciência após a morte

A doação de corpos para fins de ensino e pesquisa é regulamentado por lei desde 2007 no Paraná

A funcionária pública Tânia Cardoso, de Curitiba, informou sua família sobre a decisão de doar o próprio corpo, após a morte, para a ciência.
O motivo, segundo Tânia, é a vontade de contribuir com a ciência por meio dos estudos da medicina. (Crédito: Reprodução/RPC)

A funcionária pública Tânia Cardoso, de Curitiba, informou à sua família sobre a decisão de doar o próprio corpo, após a morte, para instituições de ensino e pesquisa. O motivo, segundo ela, é a vontade de contribuir com a ciência por meio dos estudos da medicina.

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À RPC, filial da TV Globo no Paraná, Tânia disse que esta é “uma forma deles poderem dar utilidade pra esse corpo“. “É um serviço de utilidade pública“, afirmou. A doação de corpos para fins de ensino e pesquisa é regulamentado por lei desde 2007 no Estado.

Mesmo com a doação formalizada, quando o óbito acontecer, a família poderá realizar normalmente o velório, funeral, ou qualquer outro ritual, de acordo com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A sinalização de doação do corpo também não inviabiliza a doação de órgãos. Ou seja, uma pessoa pode optar pelos dois tipos de doações.

Desde 2009, ainda segundo a Seti, 64 corpos foram doados no Paraná. O processo é coordenado pelo Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres do Paraná (CEDC). O presidente do conselho, Gonçalo Cassins Moreira do Carmo, detalhou que mais de 30 mil alunos dependem dessas doações para poder continuar os estudos. “Público bastante importante. E também, nos casos em que é possível, ocorre a destinação à Polícia Científica“, acrescentou.

No Estado, 57 instituições de ensino superior estão cadastradas para receber os corpos. Os cursos de Medicina hoje usam manequins com peças em resina simulando todas as partes do corpo para estudar, além de contarem com tecnologias 3D. A experiência, porém, não é a mesma. “Quando um o estudante da saúde usa estruturas de acrílico, ele não vai conseguir observar com a mesma evidência do que num corpo essas estruturas reais. Essa diferença é importante. Até porque a gente vai conseguir ver outras estruturas no corpo que muitas vezes a gente não vê na peça”, ponderou a professora Camila Marques.

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