PROTAGONISMO FEMININO

Delegada Raquel Gallinati: “Criminosos têm excesso de direitos. E a vítima?”

Desde criança, Raquel Gallinati sempre soube que queria delegada. O sonho deu tão certo que , hoje, é diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil e foi eleita por quatro vezes a melhor do país. Conheça a trajetória e os desafios que teve que enfrentar para representar uma categoria que ainda é tão masculina.

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Delegada Raquel Gallinati na Perfil Brasil

Desde criança, Raquel Gallinati sempre soube que queria delegada. O sonho deu tão certo que, hoje, é Diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil e foi eleita por 4 vezes a melhor do país. Ela conta que, desde cedo, queria defender os interesses da população. “Lá em casa, tive a liberdade de escolher a profissão, independente dos estereótipos. Meu irmão cuida de bichinhos, é veterinário, e eu prendo bandidos”, conta com bom humor.

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Como mulher, em uma profissão tipicamente masculina, Raquel teve de enfrentar alguns desafios: Ao ser perguntada se teve que provar sua competência duas vezes por ser mulher, ela diz: “em um primeiro momento, não. Se essa pergunta fosse feita há 10 anos, eu falaria ‘não existe machismo’. Mas, minha atribuição não interferia em tomadas de decisão de forma ‘macro’. Quando fui eleita presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP,  eu fui a primeira a ser eleita pra representar todos os delegados e falar em nome de todos. Ali, percebi o machismo“, conta. Já no segundo mandato à frente da instituição, foi eleita por aclamação.

O semblante da Delegada Raquel Gallinati muda quando faz uma análise da legislação penal em vigor no país. Segundo ela, raramente a vítima é protegida e faltam instrumentos de repressão a quem cometeu o delito.

“Eu vejo que, no Brasil, os criminosos têm excesso de benesses, direitos e garantias, começando pelo auxílio-reclusão. Ou seja, a família do criminoso é protegida.  Tem ainda a saidinha temporária…Mas, e a vítima? Qual é a lei ou o Estatuto que defende a vítima? Pasmem: não temos!”

Raquel Gallinati afirma que não observa o o mesmo empenho dos parlamentares para proteger a vítima: “ Falta cuidado com quem teve a família destruída pelo crime. Esse olhar não existe na mesma proporcionalidade”, conclui.

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Confira a entrevista completa!

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