
A Força Aérea Brasileira já começou a extrair e transcrever os áudios e dados das caixas-pretas do ATR-72-500 da Voepass que caiu nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo.
O trabalho esta a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à FAB.
O desastre deixou 62 mortos: 58 passageiros e quatro tripulantes. O órgão estima que em um mês divulgará os primeiros resultados da investigação sobre o maior acidente aéreo em solo brasileiro em 17 anos.
FAB – transcrição de áudios
O gravador de voz da cabine do avião (Cockpit Voice Recorder) e o gravador de dados de voo (Flight Data Recorder) foram encaminhados ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo em Brasília na manhã de sábado (10). Segundo o Cenipa, os trabalhos de extração dos dados vão seguir de forma ininterrupta.
O passo subsequente será a análise dos dados extraídos. Nesta fase, as equipes vão se debruçar sobre as atividades do voo, o “ambiente operacional e os fatores humanos”. A Cenipa ainda vai fazer um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas e infraestrutura do avião que caiu nesta sexta-feira.
Formação de gelo
Os relatórios finais do Cenipa costumam levar em média dois anos e sete meses para serem divulgados. Especialistas em segurança de voo suspeitam que a formação de gelo nas asas do avião teria levado a aeronave a estolar – perder a sustentação e entrar em queda livre, uma situação que é chamada de parafuso chato.
um parafuso chato desse é sinal de perda de velocidade + yaw mto intenso. esse vídeo vai ajudar demais o cenipa https://t.co/RZ4I7i3t3c
— Eduardo Passos (@enbpassos) August 9, 2024