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Investigação da Polícia Civil aponta Vai-Vai como reduto do PCC

Published 18/12/2023
Investigação da Polícia Civil aponta Vai-Vai como reduto do PCC

Luiz Roberto (esq), dirigente da escola Vai-Vai, e seu irmão, Luiz Eduardo; ambos são apontados como membros do PCC, segundo a Polícia civil de SP - Crédito: Reprodução de processo

A Vai-Vai, uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo, fundada em 1930, e dona de 15 títulos do Carnaval, tornou-se um reduto da facção criminosa PCC, segundo relatórios de investigação da Polícia Civil.

Os documentos aos quais o UOL teve acesso fazem parte de um processo de lavagem de dinheiro que corre em segredo na Justiça de São Paulo e tem entre os alvos o então diretor financeiro e ex-presidente da agremiação, Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, o Beto da Bela Vista.

“Escola [Vai-Vai] que BBV [Beto Bela Vista] pertence ao quadro diretivo e sabidamente é reduto da mencionada facção criminosa [PCC], tendo, inclusive, procedendo há algum tempo atrás a expulsão de alguns componentes que eram policiais justamente por este motivo”, diz trecho do documento.

Os investigadores afirmam ter descoberto essa ligação após recebimento de uma série de denúncias apontando o envolvimento de Beto com o crime organizado e a realização de diligências de campo em endereços relacionados ao então diretor e também a outros integrantes da escola de samba.

Ainda conforme a polícia, dados obtidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) reforçaram as suspeitas de que ele, a mulher, a mãe e outras pessoas participem de lavagem de dinheiro.

Procurada, a Vai-Vai disse que Beto Bela Vista integra o conselho e foi diretor no mandato anterior, que terminou no final de 2022. “Ele é membro do conselho, foi eleito e nenhuma condenação inviabiliza sua atuação”, afirma a assessoria da agremiação.

A Vai-Vai também afirmou que, entre os seus quase 1.500 componentes cadastrados, há muitos policiais em diversos segmentos e alas, mas não deu detalhes da quantidade exata.

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