BEM-ESTAR ANIMAL

Justiça de SP arquiva inquérito que investigava a morte do cão Joca

O animal deveria ter sido transportado de São Paulo para Sinop (MT), onde moraria com o tutor João Fantazzini Júnior, mas acabou sendo enviado por engano para Fortaleza (CE)

Justiça de SP arquiva inquérito que investigava a morte do cão Joca em avião
O tutor João Fantazzini e Joca, cão que morreu em transporte aéreo da Gol – Crédito: Arquivo pessoal

A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito policial que investigava a morte do cão Joca, de 5 anos, que morreu no serviço de transporte da empresa Gol. O caso foi em abril deste ano.

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O caso de Joca, um golden retriever, gerou grande repercussão após um erro de trajeto ocorrido em um voo da GOL Log, culminando na morte do animal. O animal deveria ter sido transportado de São Paulo para Sinop (MT), onde moraria com o tutor João Fantazzini Júnior, mas acabou sendo enviado por engano para Fortaleza (CE). O incidente trouxe à tona discussões sobre a segurança e o bem-estar dos animais durante viagens aéreas.

A situação se complicou ainda mais quando, após um longo trajeto de ida e volta, Joca foi encontrado morto ao retornar a Guarulhos. A autópsia indicou que a causa do óbito foi um choque cardiogênico, potencialmente causado pelo estresse e pelas condições inadequadas de transporte.

O erro no transporte do cão Joca

A viagem de Joca começou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde deveria seguir para Sinop. No entanto, devido a uma falha de conferência, o cão foi embarcado em um voo para Fortaleza. A troca ocorreu quando os aviões estavam estacionados próximos, e a caixa de transporte de Joca foi colocada no avião errado.

Segundo a Gol, após perceber o erro, uma equipe foi organizada para acompanhar o animal durante todo o processo de retorno. Contudo, o desgaste da viagem e o tempo prolongado em condições não ideais teriam contribuído para o trágico desfecho.

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Qual foi o resultado das investigações?

Foram realizadas investigações detalhadas para esclarecer os acontecimentos que levaram à morte de Joca. O Ministério Público de São Paulo, após análise, decidiu não apresentar denúncia de maus-tratos, pois não encontrou evidências de intenção dolosa por parte dos envolvidos.

Gilberto Azevedo de Moraes Costa, juiz do caso argumentou que “não houve intenção de maltratar o cão Joca. Se vê nos autos uma sucessão de condutas culposas, advindas de negligência e imprudência, praticadas por funcionários da companhia. Ainda, não há elementos aptos a demonstrar a ocorrência de maus-tratos e sofrimento do cão Joca em razão desta circunstância. Os funcionários que tiveram contato com Joca após sua chegada em Fortaleza noticiaram que ele estava bem e calmo, sem aparente situação de estresse”.

No entanto, a defesa do tutor de Joca pretende recorrer da decisão, alegando que houve negligência significativa no tratamento do cão, podendo configurar maus-tratos por conta das condições inadequadas de transporte.

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