La Niña em 2024: O que esperar das mudanças climáticas e como se preparar para os desafios

O impacto do La Niña nas regiões, na agricultura e nas estratégias de preparação do Brasil. A primavera de 2024 traz condições climáticas mistas, afetando as colheitas e exigindo um planejamento cuidadoso.

La Niña em 2024: O que esperar das mudanças climáticas e como se preparar para os desafios
La Niña em 2024: O que esperar das mudanças climáticas e como se preparar para os desafios – Crédito: Inmet

Segundo a mais recente atualização do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NCEP), divulgada no dia 8 de agosto de 2024, há uma probabilidade de 66% de que o fenômeno climático La Niña ocorra entre setembro e novembro deste ano. A expectativa inicial era de que La Niña começasse em agosto, ainda no inverno brasileiro; entretanto, houve uma revisão nas projeções e o fenômeno deve iniciar durante a primavera com fraca intensidade.

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Durante um evento de La Niña, as temperaturas do Oceano Pacífico na região tropical ficam abaixo da média, provocando diferentes efeitos climáticos. Este resfriamento das águas oceânicas gera chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas em diversas áreas da América do Sul. A temperatura da superfície do mar (SST) tem apresentado um resfriamento mais lento do que o esperado, mas as condições ainda são favoráveis para o desenvolvimento de La Niña nos próximos meses.

Como La Niña se desenvolve e afeta o Brasil?

La Niña pode trazer alívio para muitos produtores agrícolas que enfrentaram recentemente sérios desafios climáticos. Tais efeitos incluem a possibilidade de compensar danos causados por secas severas em regiões da África e enchentes históricas no Rio Grande do Sul.

No Brasil, La Niña pode impactar as principais culturas agrícolas, incluindo soja, café e açúcar. As regiões Norte e Nordeste do país devem receber mais chuvas do que o habitual, o que pode ser benéfico para a agricultura dessas áreas. Por outro lado, a região Sul pode enfrentar uma redução nas chuvas, com a possibilidade de geadas tardias e estiagem durante o verão.

Quais são os principais impactos em diferentes regiões?

  • Região Norte e Nordeste: Devem receber mais chuvas, favorecendo cultivos locais.
  • Região Sul: Espera-se redução de chuvas, aumento de geadas e eventos de estiagem durante o verão, impactando culturas como a soja.

Como os agricultores podem se preparar?

Para os produtores de soja no Rio Grande do Sul, que é um dos principais estados produtores do grão, as previsões climáticas trazem apreensão. Alencar Paulo Rugeri, assistente técnico estadual em culturas da Emater/RS, comenta que os agricultores devem priorizar um planejamento criterioso para lidar com os desafios climáticos. “A estratégia do produtor é ter planejamento, profissionalismo e gestão. Ele deve ter um sistema de gestão ajustado para compreender o fenômeno climático,” declarou.

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Essa preparação envolve uma série de medidas, como a escolha de sementes mais resistentes, o planejamento irrigatório adequado e a adoção de técnicas de manejo que possam mitigar os efeitos adversos do fenômeno.

O que esperar de La Niña em 2024?

A previsão é de que La Niña possa trazer tanto desafios quanto oportunidades para diferentes setores e regiões do Brasil. Enquanto o Sul deve se preparar para uma possível redução das chuvas, o Norte e Nordeste podem se beneficiar com o aumento das precipitações. Para o setor agrícola, em especial, a chave será o planejamento e a adaptação a essas variações climáticas.

O fenômeno climático La Niña, conhecido por suas fortes influências no clima global, mais uma vez testa a resiliência e a capacidade de adaptação dos produtores rurais e populações em todo o mundo. A próxima atualização trará mais detalhes e auxiliar na tomada de decisões estratégicas.

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Quanto mais preparados estivermos, melhores serão nossas chances de mitigar os efeitos negativos e aproveitar as condições mais favoráveis que La Niña pode proporcionar em 2024.

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