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Lula pede “resposta imediata” para o RS

Em nova visita ao estado, presidente reclamou de burocracia que atrasa ações de assistência voltadas aos atingidos pelas enchentes

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Em nova visita ao Rio Grande do Sul, presidente Lula reclama de burocracia que atrasa resposta imediata ao estado – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou sua quarta visita ao Rio Grande do Sul. O intuito da viagem é inspecionar os esforços de recuperação no Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas recentes enchentes.

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Conversando com moradores do bairro Passo de Estrela, localizado na cidade de Cruzeiro do Sul, Lula voltou a prometer a construção de moradias para a população e reclamou da burocracia que impede a rapidez das ações governamentais.

Eu acho que não tem ninguém no mundo que reclama mais da burocracia do que eu. Eu reclamo em fóruns internacionais, reclamo aqui dentro, porque é tudo muito difícil, muito complicado”, disse. “Precisamos dar uma resposta imediata a esse povo que precisa. Nós estamos trabalhando muito e temos que vencer a burocracia”, acrescentou.

O Rio Grande do Sul está enfrentando o pior desastre climático de sua história, trabalhando ativamente na recuperação das estruturas após inundações que impactaram 476 dos 497 municípios do estado, resultando em 172 mortes. Apenas no bairro Passo de Estrela, 650 residências foram arrasadas.

Lula enfatizou que o planejamento para a reconstrução das cidades deve ser realizado com responsabilidade e que é essencial buscar locais mais seguros para a construção da nova infraestrutura.

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A gente não pode reconstruir um pronto-socorro e uma escola em lugar vulnerável à enchente, a gente não pode fazer as casas aqui nesse lugar. Está provado que esse lugar é um lugar reservado para a água. Quando a natureza fez o mundo, esse lugar aqui era reservado para a água. Nós humanos ocupamos isso aqui sem saber muitas coisas e agora a natureza nos alertou”, afirmou.

O presidente se comprometeu a “ajudar a recuperar a dignidade do povo do Rio Grande do Sul”. Ainda falando com os moradores dos bairros devastados, disse: “Temos urgência de fazer, mas para fazer sempre leva um tempo. Pra destruir é rápido, pra reconstruir é difícil. Mas tem que achar o terreno, depois o terreno tem que ser preparado, tem que fazer arruamento […], não dá pra largar vocês em um barraco, tem que fazer a coisa bonitinha. Então não tem como fazer em uma semana. O nosso compromisso é dar de volta a vocês o direito de viver dignamente”.

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