Imagens de uma mulher que levou um cadáver a uma agência bancária, no Rio de Janeiro, para solicitar a liberação um empréstimo chocaram a internet nos últimos dias. O vídeo, gravado por uma funcionária, exibe Erika de Souza Vieira Nunes tentado convencer um corpo flácido a assinar um contrato no valor de R$ 17 mil, enquanto pessoas constatam que o idoso claramente não estava bem.
O SAMU foi acionado e constatou-se que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava de fato morto há pelo menos duas horas. Erika foi presa e responderá por vilipêndio de cadáver.
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Laudo psiquiátrico
A defesa de Erika afirmou, ao UOL News, que há documentos que comprovam uso de medicamentos controlados. “Temos o CID [Classificação Internacional de Doenças], inclusive dos laudos, dos medicamentos controlados e do receituário, tudo isso comprovado e de anos anteriores”, disse Ana Carla de Souza. Ela também afirma que a morte de Paulo foi declarada prematuramente e há testemunhas dele chegando vivo no banco. “Embora tenha sido, de forma prematura, declarada a morte por uma emergência dos bombeiros e do Samu, isso será contestado. Estamos aguardando também a resposta do IML”.
Segundo a advogada, Erika apresentou forte abalo emocional e, em decorrência de “um surto psicótico, acreditou nos dados vitais do Paulo”.
Bolsa Família
Erika foi inscrita no programa de benefícios por oito anos, de 2013 a 2021, e recebeu, neste período, R$ 22,1 mil. Ela foi descontinuada da iniciativa por não se enquadrar mais nas regras.
A mulher também usufruiu do auxílio-emergencial durante a pandemia de Covid-19, recebendo R$ 7,5 mil na primeira rodada do benefício, segundo o jornal Metrópoles.