O músico Alexandre Lima morreu aos 54 anos, na madrugada desta quinta-feira (28), em Vitória, no Espírito Santo. O artista, que estava em coma há mais de dez anos, era uma das vozes do grupo Manimal e construiu sua carreira na área de cultura do Espírito Santo.
Segundo os familiares, Alexandre Lima já estava em cuidados paliativos e teve uma infecção generalizada. O velório foi aberto ao público às 10h e vai até as 17h, no Palácio Sônia Cabral, no Centro de Vitória. Depois, segue em cerimônia restrita aos familiares no Cemitério Parque da Paz, onde ocorrerá o sepultamento.
Nas redes sociais, o músico Amaro Lima, irmão de Alexandre, publicou uma foto dos dois juntos e escreveu suas últimas homenagens. “Meu irmão, Deus te chamou, mas o barco do amor que você fez continua a navegar. Um dia, a gente se encontra novamente para trocar aquela de sempre”, disse.
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Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, lamentou a morte. “Descansou o grande músico Alexandre Lima. Com seu talento e carisma levou a cultura capixaba a diversos palcos do Brasil e do mundo. Sua trajetória inspira as novas gerações. Deixo meu abraço de conforto na família e amigos nesse momento de despedida.”
Senador Fabiano Contarato também publicou uma homenagem. “A cultura capixaba hoje dá adeus a um ícone da música. Perdemos o cantor e compositor Alexandre Lima, que deixa como legado o seu talento, a incrível mistura do congo com rock. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos.”
Alexandre Lima estava em coma desde 2013
O músico era secretário de Cultura de Vitória quando passou mal no dia 29 de novembro de 2013, durante uma reunião na prefeitura do município. O sintoma era de dor no peito e mal estar; o primeiro diagnóstico médico foi de estresse.
No dia 3 de dezembro, ainda sem sentir bem, Alexandre procurou um médico da família que identificou o sinal de um aneurisma da aorta e o encaminhou ao Hospital Evangélico, em Vila Velha.
Confirmada as suspeitas, o secretário passou por uma cirurgia delicada, no dia 4 de dezembro, e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou até o dia 30 de dezembro.
Depois ele foi para o quarto e permaneceu internado até abril de 2014, quando teve alta ainda em coma e passou a ser tratado em casa, com os recursos da família e do dinheiro levantado em ações promocionais.
* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.