
A região Sul do Brasil, em especial os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, podem registrar casos de microexplosão atmosférica nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno ocorre quando uma corrente de vento descendente violenta se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo.
Na microexplosão (também conhecida por seu nome em inglês, downburst), uma descarga de ar frio e muito denso atinge o solo e se espalha, provocando ventos extremamente fortes que podem atingir velocidades muito altas.
Microexplosão e tornado: diferenças
O fenômeno é exatamente o oposto do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando uma espécie de redemoinho. Contudo, o poder destrutivo é semelhante. Uma microexplosão foi registrada no último sábado em Santa Cruz do Sul (RS).
O Rio Grande do Sul sofre os efeitos de fortes temporais que já deixaram dezenas de mortos e desaparecidos. A microexplosão pode ocorrer de forma concomitante com as fortes chuvas nas demais regiões, que tem causado inundações e mobilizado resgates.
O fenômeno da microexplosão pode ocorrer o ano inteiro, mas é mais comum no verão, quando os dias são mais quentes e a umidade é alta, o que favorece a formação de nuvens de tempestade.
Essas nuvens podem ter até 20 quilômetros de altura e são capazes de gerar vento destrutivo, segundo o National Weather Service, dos EUA.
Em uma microexplosão atmosférica, a velocidade dos ventos pode ser muito alta, acima dos 200 quilômetros por hora, derrubando árvores e provocando danos estruturais a construções.
Alerta para inundação. Rio Gravataí com níveis em elevação.
Durante as chuvas, fique em segurança. Retire eletroeletrônicos da tomada durante os temporais, e feche bem portas e janelas. Caso seja surpreendido pelo tempo severo, busque abrigo, e não atravesse alagamentos. pic.twitter.com/Fwzqfr5qyE— Defesa Civil RS (@DefesaCivilRS) May 3, 2024