7 DE JUNHO

O que se sabe sobre a greve de ônibus em SP na sexta-feira?

A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira (3) e a greve terá início à meia-noite da próxima sexta-feira (7)

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados debate nesta quarta-feira (19) a adoção de tarifa zero para a mobilidade urbana
Transporte público em São Paulo – Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

O SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) aprovou uma greve geral de motoristas e cobradores de ônibus na cidade de São Paulo. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira (3) e a greve terá início à meia-noite da próxima sexta-feira (7).

Publicidade

De acordo com o sindicato, a paralisação durará 24 horas e afetará todo o sistema de transporte público por ônibus da cidade. A entidade exige um reajuste salarial de 3,69%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um aumento real de 5%, além da reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, que são estimadas em 2,46%.

O SMTTRUSP informou que irá oficializar a paralisação à Prefeitura de São Paulo, à SPTrans e aos demais órgãos competentes, cumprindo os trâmites legais que exigem uma notificação com 72 horas de antecedência.

Em resposta à decisão dos trabalhadores, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) declarou que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos motoristas ainda não foram encerradas.

“É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, afirmou a SPUrbanuss.

Publicidade

Segundo o sindicato dos motoristas, caso não haja uma contraproposta ou acordo com os trabalhadores até sexta-feira, a greve será mantida. Aproximadamente quatro mil trabalhadores participaram da assembleia que decidiu pela paralisação.

Nota da Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo defende o direito à livre manifestação democrática desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico para reduzir o impacto junto à população. O Município reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM estará de prontidão para eventuais ocorrências.

Em relação às motivações dos trabalhadores, cabe à Prefeitura apenas acompanhar a negociação entre as partes. A administração municipal espera que os representantes da categoria e dos empresários encontrem um ponto em comum na campanha salarial sem prejuízo aos passageiros.

Publicidade

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.