Três suspeitos foram mortos e 17 presos, sendo dois deles menores de idade, nesta terça-feira (23), durante um mega-assalto que aconteceu no km 47 da Rodovia Anchieta, em Cubatão (SP), na Baixada Santista. A operação contra roubo de carga, que envolveu equipes das polícias Militar e Civil, aconteceu quando um caminhão com carga de cigarros, avaliada em R$ 7,2 milhões, estava sendo descarregado pelos suspeitos.
Quando o policiamento chegou ao local, cerca de 20 criminosos realizavam o transporte da carga para outro caminhão; no entanto, a quadrilha se dispersou e foi perseguida pelas matas da região. Três suspeitos trocaram tiros com policiais, segundo os próprios agentes, e foram baleados; 80% da carga foram recuperados durante a ação policial. O motorista do caminhão, feito refém pela quadrilha, foi libertado a 130 km do local.
No primeiro momento, oito pessoas foram presas e um suspeito foi baleado na perna. O Comando e as Operações Especiais seguiram nas buscas pelos outros suspeitos na região da mata próxima do local da ocorrência. Durante a ação, houve outro confronto, com troca de tiros, e três foram mortos e dois detidos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a operação teve início ainda pela manhã, quando o policiamento rodoviário recebeu uma denúncia do mega-assalto e localizou o caminhão à margem da rodovia, em Cubatão. Ainda há suspeitos foragidos, mas as autoridades não souberam precisar quantos.
O motorista do caminhão, de 40 anos, que tinha sido sequestrado pelos criminosos e colocado em um carro, foi libertado na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Miracatu, no Vale do Ribeira, sem ferimentos. Ele disse que havia carregado o caminhão em Guarulhos e levaria a carga de cigarros para a cidade de Praia Grande, na Baixada Santista.
Conforme a SSP-SP, os quinze adultos presos, com idades entre 18 e 38 anos, vão responder pelos crimes de roubo de carga, corrupção de menores e associação criminosa. Já os menores, de 15 e 16 anos, apreendidos pelos mesmos atos infracionais, foram colocados à disposição da Justiça.
A 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Investigações Criminais (Deic) de Santos vai investigar o caso, inclusive as mortes decorrentes de intervenção policial. As armas dos envolvidos, tanto as apreendidas com os suspeitos, bem como as dos policiais que fizeram disparos, passarão por perícia.
* Matéria publicada sob a supervisão de Ricardo Parra.