pedido de prisão negado

Policiais envolvidos na morte da menina Heloísa vão usar tornozeleira eletrônica

A decisão foi determinada pela Justiça Federal, que negou o pedido de prisão dos oficiais

Os três policiais da PRF envolvidos na morte da menina Heloísa deverão usar tornozeleira eletrônica e permanecer afastados das funções.
(Crédito: Reprodução)

Os três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de três anos, deverão entregar suas armas pessoais, usar tornozeleira eletrônica e permanecer afastados das funções. A decisão foi determinada pela Justiça Federal, que negou o pedido de prisão dos policiais.

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A criança foi baleada dentro do carro de sua família durante uma abordagem da polícia na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Ela passou nove dias internada e veio a falecer no sábado (16).

O Ministério Público Federal (MPF) havia feito o pedido de prisão preventiva dos policiais na última sexta-feira (15). Os agentes foram identificados como Fabiano Menacho Ferreira (autor dos disparos), Wesley Santos da Silva e Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro.

Intimidação

Uma tia da vítima disse, em depoimento ao MPF, que 28 agentes da corporação estiveram no hospital logo após o incidente. Um deles, inclusive, a intimidou.

No dia do evento se dirigiram ao hospital Adão Pereira Nunes 28 policiais, os quais, segundo palavras da própria testemunha, ficaram vasculhando e ‘mexendo’ no carro [onde Heloísa estava] durante certo tempo”, relatou o procurador da República Eduardo Benones, que representou pela prisão dos agentes.

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Ele detalhou: “Inclusive [a tia] relatou que um dos policiais que não participou do ocorrido apontou-lhe um projétil e disse que aquele projétil atingiu o veículo deles, numa tentativa inequívoca de intimidar a testemunha e incutir nela a versão sustentada pelos policiais. Isto tudo ocorreu no ambiente hospitalar, quando a vítima Heloisa recebia atendimento médico cirúrgico“.

Para Benones, a presença dos inspetores no hospital ainda no dia do ocorrido, bem como o contato com as vítimas demonstra uso indevido da força corporativa.

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