NO CEARÁ

Policial apanhou de instrutor por causa de um pedaço de pizza

A denunciante afirma que tudo foi presenciado pela esposa do PM, monitora do curso, e que “ela não fez nada para conter as agressões

Policial apanhou de instrutor por causa de um pedaço de pizza
A policial civil mostra os hematomas que, segundo ela, teriam sido feitos por um PM me curso preparatório no CE (Crédito Foto: Reprodução/TV Globo)

Uma policial civil do Maranhão denunciou ter sido agredida a pauladas por causa de um pedaço de pizza. Segundo ela, o autor da agressão foi o instrutor de um curso voltado a agentes femininas, realizado no Ceará; ela publicou em suas redes sociais uma foto que mostra hematomas em suas nádegas.

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Ela contou que tudo começou devido a um pedaço de pizza. De acordo com a policial, cerca de dez mulheres foram agredidas pelo PM Rafael Ferreira Martins. “Os instrutores foram comer uma pizza e eles dividiram algumas alunas para fazer a limpeza. De repente, ouço aquele barulho e ele falando: ‘Roubaram minha pizza! Roubaram minha pizza! Cadê minha pizza?’ Foi muito rápido, ele começou a atingir as meninas com paulada.”

A agente relembrou a sequência de agressões. “Ele falou: ‘Posição de flexão’. E já começou a bater. Teve essa coisa também de humilhação, para se sentir a pior das mulheres”, disse ela, acrescentando que outras três mulheres tiveram que ficar nessa posição. Ela falou que chegou a gritar depois de ter apanhado. “Foi com muito mais violência, com muito mais ódio. Eu não aguentei e, dessa vez, eu gritei. Dei um grito muito alto.”

Ele também a agrediu verbalmente por conta de sua origem e idade, ainda segundo a policial. “Ele falava: ‘Essa velha que vem do Maranhão. Essa velha’. E ainda queria que eu dissesse: ‘Sim, senhor’.” A policial afirma que tudo foi presenciado pela esposa do PM que monitora do curso, a sargento Laurice Maia.

A agente acrescentou, em entrevista à TV Globo, que a esposa nada fez para conter as agressões. “Eu sempre olhava para ela, como se estivesse pedindo uma explicação. Quando eu fui falar com ela, eu vi que ela estava de acordo com aquilo tudo.”

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O advogado Daniel Maia, que representa o PM e a sargento, disse que o “caso é fruto de uma mentira, uma mentira deslavada” e que as marcas das agressões são hematomas por cair em cima de cocos.

Já no exame de corpo de delito não consta a suposta queda. O laudo afirma, ainda, que os hematomas foram causados por instrumento de ação contundente. A policial também negou ter caído.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), se pronunciou sobre o caso em sua redes sociais. ele disse considerar o episódio como “inadmissível e revoltante”.

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