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Policial que bateu em mãe que espancou filha reconhece erro: “Atrás de uma farda, existem seres humanos”

A agente diz que recebeu apoio total de seus colegas e superiores. Em nota, a Polícia Militar disse que o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado

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Policial que bateu em mãe que espancou filha reconhece erro – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

A policial militar, Fabíola Aniely da Conseição, que foi filmada dando um tapa na cara de uma mulher que espancou a própria filha de 11 anos, se pronunciou em suas redes sociais sobre o ocorrido. No vídeo, repostado pela página do Instagram, “Fato Vitória”, ela reconhece o erro e diz que caso seja punida, vai cumprir com a pena.

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Além disso, afirmou que, apesar da possibilidade de ser punida pela abordagem, sua maior preocupação é com o estado de saúde da criança espancada. “Hoje minha maior preocupação não é o engajamento, não é a quantidade de xingamento que eu estou recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como é que ela está, porque ela sofreu agressões físicas e principalmente psicológicas, declarou.

A mãe da criança que foi agredida, que tem 27 anos, foi presa por “lesão corporal por violência doméstica/familiar”. O caso aconteceu na sexta-feira (26), em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco.

Ainda em seu pronunciamento, a PM conta que recebeu apoio de seus colegas em todos os momentos, inclusive de deus superiores. Também disse que todos vem a ajudando até hoje. “O oficial que estava no dia me deu maior apoio, o comandante do batalhão também, porém eu faço parte de uma instituição militar onde tem vários procedimentos que são de praxe”, disse.

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“Eu falhei, porém, atrás de uma farda existem seres humanos. Enquanto o serviço de segurança pública for efetuado por pessoas e não for substituído por máquinas, robôs ou algo parecido, vão haver falhas. Por trás de uma farda existem pessoas, um homem, uma mulher e mãe”, finalizou a policial.

Em nota, a Polícia Militar diz que “para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado” e que “outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento”.

Entenda a atitude da policial

O tapa dado por Fabíola Aniely na mãe que espancou a filha aconteceu depois que a PM viu marcas da agressão no corpo da criança de 11 anos. O caso foi denunciado pelos vizinhos, que resgataram a menina e acionaram a polícia.

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A menina, que estava com ferimentos nos braços e pernas e com dificuldade para andar, foi levada ao Hospital João Murilo de Oliveira pelos vizinhos. A mãe, entretanto, teria tentado interferir no atendimento. Foi neste momento que policiais militares do 21ºBPM chegaram ao hospital, entre eles, Fabíola. O Conselho Tutelar também foi acionado pelo Hospital.

Segundo a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos, a mãe bateu na menina porque foi acordada pela briga de outros dois filhos que estavam jogando videogame. Ela ainda disse que, a criança apresentava hematomas, dificuldade para andar e luxações no braço.

Prisão preventiva

A mãe, que foi presa em flagrante, não teve o nome divulgado para preservar a identidade e a dignidade da criança. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.

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A audiência de custódia aconteceu durante o plantão judiciário do sábado (27) no Fórum de Vitória de Santo Antão. Após a sessão, a mulher foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, localizada no bairro de Engenho do Meio, na Zona Oeste da capital pernambucana.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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