VEJA O RANKING

Saneamento básico: cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores do país

O estudo avalia indicadores como eficiência do serviço, desperdício de água e investimentos, com dados de 2022

Vinte e dois municípios têm 100% de água tratada, e 18 têm mais de 99%, em conformidade com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico
Saneamento básico: cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores – Crédito: Canva Fotos

O Instituto Trata Brasil lançou hoje o ranking de saneamento básico das cem maiores cidades brasileiras. 15 dos 20 principais municípios com melhores colocações em acesso a água e esgoto estão em São Paulo e no Paraná. O estudo avalia indicadores como eficiência do serviço, desperdício de água e investimentos. Os dados  são de 2022. As 20 melhores cidades têm, em média, 98,8% da população com acesso à água potável, 96% com coleta de esgoto e 78,4% com tratamento de esgoto.

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22 municípios têm 100% de água tratada, e 18 têm mais de 99%, em conformidade com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico. As cidades maiores superam a média nacional em termos de atendimento de água, com uma média de 94,92%. Nenhuma cidade do Norte e Nordeste está entre as 20 melhores. Maringá subiu para a liderança desde a última pesquisa em 2023. No ranking, os dez melhores municípios são:

1.  Maringá (PR)
2.  São José do Rio Preto (SP)
3.  Campinas (SP)
4.  Limeira (SP)
5.  Uberlândia (MG)
6.  Niterói (RJ)
7.  São Paulo
8.  Santos (SP)
9.  Cascavel (PR)
10.  Ponta Grossa (PR)

Nas cidades com pior desempenho, em média, apenas 82% têm acesso à água tratada, 28% têm coleta de esgoto e apenas 20% têm tratamento. Cinco capitais do Norte estão entre as 20 piores, com Porto Velho ocupando a última posição, seguida por Macapá, Rio Branco, Belém e Manaus. Dentre os cem mais populosos, os dez piores municípios são:

100.  Macapá
99.  Santarém (PA)
98.  Rio Branco
97.  Belford Roxo (RJ)
96.  Duque de Caxias (RJ)
95.  São Gonçalo (RJ)
94.  Belém
93.  Várzea Grande (MT)
92.  Juazeiro do Norte (CE)
91.  Ananindeua (PA)

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Os níveis de coleta e tratamento de esgoto tiveram pouca evolução no último ano, com um aumento mínimo de acesso à coleta (56%) e um pequeno crescimento no tratamento (de 51,2% para 52,2%). A falta de acesso à água potável afeta 32 milhões de brasileiros, enquanto mais de 90 milhões não têm acesso à coleta de esgoto.

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, explica ao UOL sobre a situação atual e diz que o saneamento básico brasileiro está evoluindo muito devagar: “temos menos de dez anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões”.

O desperdício de água tratada é preocupante, com uma perda média de mais de um terço. Embora haja pouca variação entre as maiores cidades e o país como um todo, as diferenças entre os melhores e piores no ranking são significativas, com perdas de 28,4% entre as 20 melhores e 48,5% entre as 20 piores. As cidades com as maiores perdas foram Porto Velho (77%) e Macapá (71%).

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* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.

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