Secretário municipal do RJ diz que Carnaval sem restrições fica cada vez mais difícil

Cerca de 500 pedidos de blocos para desfilarem na capital fluminense durante o Carnaval foram pedidos à Riotur

Secretário municipal do RJ diz que Carnaval sem restrições fica cada vez mais difícil
Com esse panorama, fica cada vez mais difícil a gente ter um Carnaval sem nenhum tipo de restrição (Créditos: Buda Mendes/Getty Images)

Após o Rio de Janeiro confirmar o segundo caso da variante Ômicron e observar os números de pessoas positivas com a Covid-19 disparar de 0,7% para 13%, depois das festas de fim de ano, autoridades em saúde discutem as restrições no Carnaval de rua na capital fluminense.

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“Sobre o Carnaval, a gente vai analisar os dados do aumento do número de casos, a manutenção das internações e a redução do número de óbitos. Para que a gente possa, de fato, tomar uma decisão com segurança sanitária, epidemiológica. Mas com esse panorama, fica cada vez mais difícil a gente ter um Carnaval sem nenhum tipo de restrição”, revelou o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz.

Cerca de 500 pedidos de blocos para desfilarem na capital fluminense durante o Carnaval foram pedidos à Riotur. Porém, devido ao avanço da pandemia, ainda não se tem uma definição sobre a realização ou não dos desfiles de rua. A Banda de Ipanema e o bloco Preta Gil já disseram que suas participações na festa de fim de ano estão descartadas.

Em busca de uma conclusão, representantes de blocos se reúnem nesta terça-feira (4), às 17 horas, com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. No encontro, também vai estar o secretário, que já não descarta a possibilidade de dar passos atrás nas medidas de flexibilização adotadas na cidade, caso seja preciso.

A Secretaria Municipal de Saúde já confirmou a transmissão comunitária da Ômicron na cidade. “São dois casos que a gente já tem o resultado da genotipagem, são confirmados, mas a gente tem 182 casos de altíssima probabilidade de ser Ômicron. Na maioria desses casos, a gente não consegue definir, de fato, onde essa pessoa se contamina. Então, a gente já considera a cidade do Rio de Janeiro que tem uma disseminação local da variante Ômicron, um aumento do número de casos por variante Ômicron. Isso é fácil de ver porque a gente tem um aumento na positividade dos testes de Covid-19”, explicou.

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Soranz, explica que o cenário epidemiológico do Rio ainda é favorável no que diz respeito às internações e mortes causadas pela epidemia do coronavírus. “Felizmente, parece que está se confirmando que a variante Ômicron não aumenta internações e não aumenta casos graves, mas ainda é cedo para afirmar. A gente vai analisar esses números ao longo dos próximos dias para poder tomar decisão em relação a medidas protetivas, mas também tomar decisão em relação ao Carnaval”, revelou.

O secretário pediu para que a população continue  as regras que já estão impostas à sociedade. “Preciso que as pessoas utilizem máscara em local fechado, coisa que a gente está vendo que nem sempre tá acontecendo, que as pessoas continuem cobrando o passaporte sanitário…”, explicou. Soranz fala também que é importante tomar a dose de reforço na data correta.  “Atualmente 30% dos cariocas já tomaram a terceira dose. Essa é a principal estratégia para impedir o avanço da variante Ômicron”, concluiu.

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