Está chegando uma das festas mais alegres e coloridas do planeta: o Carnaval. E o Brasil é mundialmente conhecido por estas festividades, sejam elas na rua ou no sambódromo. Mas, você já se questionou sobre as origens do Carnaval?
Segundo historiadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os primeiros registros de festas carnavalescas datam de 10 mil anos antes de Cristo. Tratavam-se de grandes festejos pagãos, com muita comida e bebida, em comemoração às colheitas e gratidão aos deuses.
Uma das possibilidades é que o termo ‘Carnaval’ derive de currus navalis, referindo-se aos cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco feitos para celebrar o início da primavera.
Com a chegada da Idade Média, a Igreja Católica passou a incorporar o Carnaval ao seu calendário. A data escolhida foi antes da quaresma – período de 40 dias que antecede a Páscoa e é usado pelos cristãos para a reflexão espiritual e privação de certos alimentos, como a carne, por exemplo. É por isso, que alguns estudiosos relacionam a festa ao termo latim Carna Vale (adeus carne).
FANTASIA E USO DE MÁSCARAS
Os primeiros bailes de máscaras ocorreram no século XIII, na Itália, e eram festas da nobreza. Neste contexto, o Carnaval ganhou as ruas com o surgimento da Commedia dell’arte, que eram teatros improvisados nas cidades italianas durante o período do Renascimento. Em Florença, canções chamadas de triofi foram chamadas para acompanhar os cortejos.
CHEGADA NAS TERRAS BRASILEIRAS
O Carnaval passou a ser comemorado no Brasil logo com a chegada dos colonos portugueses, no século XVI. As comemorações eram chamadas de Entrudo – período que precedia a quaresma – e resumiam-se à bagunça feitas pelos escravos com guerras de água, farinha e lama.
As manifestações carnavalescas como conhecemos hoje só começaram a surgir a partir do século XIX, quando as classes mais ricas, influenciadas pelos europeus, passaram a promover festas em salões, com o uso de fantasias e máscaras, tal como era feito na Itália.
A festa começou a se “abrasileirar” em 1899, com a primeira marchinha feita por Chiquinha Gonzaga: “Ó abre alas”. O samba passou a se popularizar a partir de 1917.
Durante o governo de Getúlio Vargas, ganhou as ruas, com investimentos e licenças para a promoção de desfiles. A elite paulistana desfilava, então, nas principais ruas da cidade em carros conversíveis. A multidão seguia o cortejo, fantasiada e ao som de marchinhas.
Foi só em 1984, no Rio de Janeiro, a prefeitura organizou uma avenida específica para a passagem de escolas de samba – que já eram bastante populares e ocupavam as ruas cariocas. Ficou popularmente conhecido como “sambódromo” . Mais tarde, em 1991, foi a vez de São Paulo inaugurar a sua passarela do samba, no tradicional bairro de Santana.
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