A história do automóvel no Brasil é marcada por curiosidades e inovações. Um dos modelos que levanta debates sobre o título de “primeiro carro brasileiro” é o Romi-Isetta. Conhecido por sua forma compacta e apenas uma porta frontal, o Romi-Isetta foi introduzido em 1956, evidenciando-se pelo seu design inusitado e economia de espaço.
Os questionamentos acerca do Romi-Isetta giram em torno de sua classificação como automóvel, especialmente devido à sua pequena estrutura. Outro modelo que busca este título é o DKW Universal, que também foi lançado em 1956. O Romi-Isetta, no entanto, destaca-se por suas medidas surpreendentemente compactas, sendo considerado um microcarro em todos os sentidos possíveis.
Quais são as especificações do Romi-Isetta?
Desenvolvido pela Fundação Romi, o Romi-Isetta possui dimensões realmente compactas para um veículo. Com apenas 2,28 metros de comprimento, 1,38 metros de largura e 1,34 metros de altura, sua carroceria é menor até mesmo que a do compacto Fiat Mobi, que possui 3,60 metros de comprimento. O entre-eixos do Romi-Isetta é de apenas 1,50 metros, o que reforça sua aparência singular e praticidade para estacionar em espaços reduzidos.
Qual o diferencial do Romi-Isetta?
Uma das características mais notáveis do Romi-Isetta era seu consumo de combustível extremamente baixo, fator atrativo para os consumidores da época. De 1956 a 1958, o modelo era equipado com um motor Iso de 236 cm³ de dois tempos, que gerava 9,6 cavalos de potência. Esse motor, junto com o baixo peso do veículo, proporcionava uma economia significativa.
Em 1959, o Romi-Isetta passou a ser equipado com um motor mais potente, desta vez fabricado pela BMW, com 298 cm³ e quatro tempos, elevando sua potência para 13,2 cavalos. Essa atualização permitiu-lhe um desempenho ligeiramente melhor, sem comprometer a eficiência de combustível que o tornava uma opção tão prática.
O Romi-Isetta na indústria automobilística brasileira
O Romi-Isetta desempenhou um papel crucial na formação da indústria automobilística no Brasil. Sua produção, que durou até 1961, demonstrou a capacidade de inovação e adaptação das indústrias locais às necessidades do mercado de transportes urbanos da época. Além disso, ele inspirou o desenvolvimento de novos modelos adaptados para as exigências de consumo e espaço, já que a urbanização crescente demandava soluções de transporte mais práticas e acessíveis.
Enquanto debates continuam sobre qual veículo realmente merece o título de primeiro carro brasileiro, o Romi-Isetta permanece uma parte essencial da história da mobilidade urbana no país. Ele simboliza não apenas um marco na fabricação de automóveis, mas também uma era de criatividade e empreendedorismo brasileiro na indústria automotiva.
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