biodiversidade

Mais de 70% de espécies ameaçadas buscam Áreas Marinhas Protegidas

As AMPs, localizadas principalmente em mar territorial, impõem medidas para promover o desenvolvimento sustentável, turismo ecológico e pesca controlada

O Relatório divulgado pela Unesco, revela que 72% das 1.473 espécies ameaçadas de extinção estão protegidas em Áreas Marinhas Protegidas
Mais de 70% de espécies ameaçadas buscam Áreas Marinhas Protegidas – Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

O Relatório sobre o Estado do Oceano (StOR), divulgado pela Unesco, revela que 72% das 1.473 espécies ameaçadas de extinção estão protegidas em Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Essas áreas são essenciais para a conservação da biodiversidade, segurança alimentar e saúde dos oceanos.

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As AMPs, localizadas principalmente em mar territorial, impõem medidas para promover o desenvolvimento sustentável, turismo ecológico e pesca controlada. No Brasil, 27% do mar territorial é protegido.

O relatório destaca os impactos do aquecimento global nos oceanos, incluindo aumento da temperatura, acidificação, redução de oxigênio e elevação do nível do mar. Publicado pela primeira vez em 2022, o documento apoia decisões políticas e administrativas e incentiva novas pesquisas, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

A edição atual, com a participação de 98 autores de 25 países, enfatiza a importância do ordenamento do espaço marinho para reduzir pressões sobre os ecossistemas. Em 2023, 126 países adotaram políticas para gestão sustentável do oceano, contribuindo para o ODS 14.

Os oceanos, que absorvem carbono, perderam 2% do oxigênio desde 1960, criando “zonas mortas” devido à poluição. Ecossistemas costeiros como manguezais são vitais para a absorção de carbono, mas de 20% a 35% foram perdidos desde 1970. De acordo com a Agência Brasil, a eutrofização, causada pelo excesso de nutrientes, e a acidificação prejudicam espécies marinhas e favorecem algas nocivas.

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O relatório também aborda a crescente poluição por plásticos, que ameaça a saúde devido ao consumo de microplásticos por peixes. Destaca a necessidade de estratégias para rastrear e mitigar a poluição por nutrientes e plásticos.

O crescimento populacional aumentará a demanda por alimentos, tornando a sustentabilidade marinha crucial. Em 2021, a produção pesqueira e de aquicultura atingiu 218 milhões de toneladas. Compreender o papel dos alimentos aquáticos é essencial para enfrentar desafios nutricionais, sociais e ambientais futuros.

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