
Imagens divulgadas pela Nasa na última semana mostram uma densa nuvem de dióxido de carbono se deslocando pela atmosfera da Terra. Segundo a agência espacial americana, as principais fontes do gás poluente incluem usinas elétricas, incêndios e aglomerados urbanos.
O mapa dinâmico, produzido pelo Scientific Visualization Studio da Nasa, utiliza um modelo meteorológico de alta resolução baseado em dados coletados por satélites entre janeiro e março de 2020.
De acordo com Lesley Ott, cientista climática no Goddard Space Flight Center da Nasa, o objetivo é contabilizar as origens do dióxido de carbono e seu impacto no planeta. “É possível ver como tudo está interconectado por esses diferentes padrões climáticos”, comentou Ott em entrevista à CNN.
Segundo as análises, a China, Estados Unidos e Sul da Ásia têm como principais fontes de emissão usinas de energia, indústrias e veículos. Já na África e América do Sul, incêndios relacionados ao manejo do solo, queimadas controladas, desmatamento e queima de petróleo e carvão são as principais causas.
Afinal, o que significa esta nuvem de gás poluente?
O dióxido de carbono (CO2) é um gás que ocorre naturalmente na atmosfera terrestre. No entanto, com a queima de combustíveis fósseis e biomassa, sua concentração aumenta significativamente. Este aumento é a principal causa da elevação da temperatura global.
A presença do CO2 na atmosfera contribui para o efeito estufa, que aquece o planeta. Segundo o Goddard Institute for Space Studies, 2023 foi o ano mais quente já registrado.
Compilei os dois gráficos da NASA com a média da temperatura na terra nos últimos 143 anos.
Querem uma prova melhor do que 143 anos?
Espere mais 30 e será visível a olho nú para todos.
Para todos os que aguentarem, claro.Que os jogos comecem.🏹🌋 pic.twitter.com/nJJ6Ev7UYg
— Bruno Brezenski (@bbbrezenski) December 28, 2023
AJ Christensen, designer de visualização de dados sênior no Goddard Space Flight Center explica que o objetivo era destacar regiões densamente poluídas, como Nova York e Pequim. “Não queríamos que as pessoas tivessem a impressão de que não havia dióxido de carbono nas regiões mais esparsas, mas sim destacar as áreas de maior concentração”, afirmou Christensen.