
Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, foi proclamado vencedor das eleições de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nesta segunda-feira (29). Ele foi reeleito pela segunda vez e iniciará um terceiro mandato à frente do Executivo do país, pelo período de janeiro de 2025 a janeiro de 2031.
Em sua agenda de campanha, Maduro incluiu sete transformações que acredita que o país precisa para ser uma potência. O plano de “transformação” tem foco na economia, inspirado nas ideias de Hugo Chávez contidas no “Plan de Patria,” o programa de governo que o falecido presidente apresentou em 2012 para o seu quarto mandato, que não conseguiu iniciar.
As sete propostas de transformação econômica de Nicolás Maduro
O principal ponto das propostas de governo de Maduro é modernizar a economia da Venezuela. Para isso, ele propõe um novo modelo produtivo de exportação e uma transformação completa do modelo econômico produtivo. Além disso, ele destaca a necessidade de melhorar o modelo de convivência e ampliar os direitos humanos, com atenção especial à ecologia.
Entre as propostas, Maduro deseja renovar o modelo de proteção humanista e fortalecer a geopolítica e a repolitização no país. Outro ponto fundamental é garantir a paz, segurança e integridade territorial, com destaque para a questão da Guiana Esequiba, um território disputado sobre o qual ocorreram várias travessias diplomáticas recentemente.
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Maduro também pretende acelerar a recuperação do Estado-providência e fortalecer os valores do socialismo. Em termos de política, ele planeja avançar na consolidação da democracia direta com a ética republicana através de um profundo processo de repolitização.
Além disso, ele inclui ações ecológicas focadas no combate às mudanças climáticas. Essas iniciativas visam não apenas proteger o meio ambiente venezuelano, mas também colocar o país na vanguarda das ações globais contra a degradação ambiental.
Como Maduro planeja posicionar a Venezuela na nova configuração mundial?
Outro ponto central do plano de Maduro é a inserção e liderança da Venezuela na nova configuração mundial. Para isso, ele propõe o fortalecimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), entre outros pontos. Esse fortalecimento busca aumentar a influência da Venezuela no cenário internacional e garantir parcerias estratégicas para o desenvolvimento econômico do país.
Nos anos de 2005 e 2006, Maduro foi porta-voz da Assembleia Nacional. Além disso, foi ministro das Relações Exteriores entre 2006 e 2013. Em 12 de outubro de 2012, foi escolhido por Hugo Chávez como seu vice-presidente. Entretanto, pouco tempo depois, em 9 de dezembro do mesmo ano, Chávez apoiou Maduro para sucedê-lo, pois passaria pela quarta cirurgia no tratamento de câncer. Chávez morreu em 5 de março de 2013, e, três dias depois, Nicolás Maduro tomou posse como presidente interino.