Em 24 de abril de 2005, a comunidade científica da Coreia do Sul celebrou um marco histórico ao anunciar a primeira clonagem bem-sucedida de um cachorro, batizado de ‘Snuppy’. O feito foi realizado por Woo Suk Hwang e sua equipe da Universidade Nacional de Seul.
Snuppy, que faz aniversário nesta quarta-feira (24), é um clone de um cão da raça afegão e nasceu por cesariana pesando 530 gramas. O nome do cachorrinho veio de uma fusão de “SNU”, abreviação da universidade, com “puppy”, termo em inglês para filhote de cachorro.
2005: en la Universidad de Seúl (Corea del Sur) nace Snuppy, el primer perro clonado del mundo (f. 2015).#24Abril #Efemérides #Parati pic.twitter.com/CWI7QAHRus
— moises (@pneuma74) April 24, 2024
Durante o experimento, os pesquisadores implantaram 1.095 embriões em 123 fêmeas caninas, resultando em três gestações. Um dos embriões morreu ainda no útero e outro filhote sucumbiu à pneumonia com apenas 22 dias de vida. Snuppy, por outro lado, teve um nascimento sem complicações.
O nascimento de Snuppy, em 24 de abril, foi possível graças ao uso de células adultas extraídas da pele da orelha de Tai, um cão da raça afegão.
No campo da clonagem animal, a técnica empregada foi a transferência nuclear somática, similar à utilizada na criação da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado. Antes de ser aplicada em cães, esta metodologia já havia sido testada com sucesso em diversas outras espécies, incluindo ovelhas, ratos, vacas, porcos, gatos, cabras e mulas.
Tempo de vida de animais clonados
Os animais clonados geralmente têm vida curta ou adoecem com facilidade, e esta é a razão – além da questão moral – pela qual os cientistas são reticentes em relação à clonagem de seres humanos.
Suspeita-se que os fracassos em experiências de clonagem sejam causados pela técnica, que danificaria o código genético ou não conseguiria transferi-lo integralmente para outro embrião. Como consequência, a máquina de produção de proteínas, que cria e sustenta os tecidos, parece não funcionar muito bem nos clones.
No caso de Dolly, a ovelha morreu em fevereiro de 2003, depois de sofrer de artrite prematura e de uma doença pulmonar degenerativa. Dolly viveu a metade do tempo previsto para a espécie.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini