Uma equipe de pesquisadores do Laboratório Nacional Sandia nos Estados Unidos investigou como um pulso massivo de radiação, liberado por uma explosão nuclear, poderia alterar a trajetória de um asteroide. O estudo foi publicado recentemente na revista Nature Physics, nessa segunda-feira (23).
Os cientistas estudaram modelos de corpos celestes de 12 milímetros em condições de vácuo e concluíram que, ao vaporizar a superfície de um asteroide, a explosão aumentaria sua temperatura a níveis extremos, causando uma rápida expansão de gases.
O principal autor do estudo, Dr. Nathan Moore, destacou que uma explosão nuclear pode ser crucial em situações de emergência, quando não há tempo para métodos alternativos. “Este enfoque pode ser crucial em uma situação de emergência, quando não há tempo suficiente para agir com outros métodos”, afirmou Moore.
Os experimentos com modelos em menor escala mostraram que asteroides com até 4 quilômetros de diâmetro poderiam ser desviados com esta técnica. Segundo Nathan Moore, esse método é o mais eficaz para desviar grandes asteroides no menor tempo possível.
Existem outras formas de desviar asteroides?
Até o momento, várias alternativas foram propostas para eliminar a ameaça de asteroides se dirigindo ao nosso planeta. Um exemplo recente é a missão Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA, onde uma nave foi deliberadamente colidida contra o asteroide Dimorphos.
Embora o impacto cinético da missão DART tenha demonstrado ser eficaz, ele precisa ser realizado anos antes do possível impacto. Este método requer planejamento antecipado, ao contrário da técnica com explosões nucleares, que pode ser utilizada em emergências com pouco tempo de reação.
Vantagens da técnica de explosão nuclear
Os cientistas explicam que a vantagem das explosões nucleares reside em seu enorme poder destrutivo. Enquanto outras técnicas precisam de um longo prazo para serem eficazes, as explosões nucleares podem gerar uma resposta imediata.
- Sua enorme liberação de energia pode vaporizar a superfície do asteroide rapidamente.
- Essa vaporização gera uma explosão de gases que desvia o asteroide da sua trajetória original.
- Pode ser aplicada em emergências com pouca margem de tempo.
Simulações e resultados
Os pesquisadores realizaram várias simulações para testar a viabilidade da técnica em diferentes cenários. Eles concluíram que a técnica pode funcionar em asteroides próximos à Terra com até 4 quilômetros de diâmetro.
O telescópio James Webb da NASA também está contribuindo para a detecção precoce de ameaças, ao mesmo tempo que revela novos conhecimentos sobre o universo, como o recente achado do buraco negro supermassivo mais distante da Terra.