Recentemente, a comunidade científica foi surpreendida pela descoberta do exoplaneta Wasp-193b, cujas características peculiares têm fascinado astrônomos e entusiastas do espaço. Este notável corpo celeste está sendo comparado com algodão-doce devido à sua baixíssima densidade. Localizado a 1.200 anos-luz da Terra, este planeta desafia nossas compreensões habituais sobre a formação planetária.
O Wasp-193b orbita uma estrela que guarda semelhanças com o nosso Sol, inserindo-se em um contexto astronômico que torna sua existência ainda mais intrigante. Foi identificado que sua densidade excepcionalmente baixa, de apenas 0,059 g/cm³, contrasta drasticamente com a densidade robusta de planetas como Júpiter e a Terra, que possuem 1,33 g/cm³ e 5,51 g/cm³, respectivamente.
O que torna Wasp-193b semelhante ao algodão-doce?
Julien de Wit, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e um dos coautores do estudo, mencionou que a comparação do planeta com algodão-doce não é meramente figurativa. “Ambos são constituídos majoritariamente por ar, o que confere ao planeta uma textura ‘superfofa'”, explica de Wit. Essa característica coloca o Wasp-193b como o segundo planeta de menor densidade já descoberto, atrás apenas do Kepler-51d.
Para que telescópios a comunidade científica recorreu?
O trabalho inovador conduzido para analisar o Wasp-193b envolveu uma colaboração internacional com telescópios de várias partes do mundo. Universidades e institutos de prestígio, como a Universidade de Liège, na Bélgica, o MIT nos Estados Unidos, e o Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na Espanha, contribuíram para essa pesquisa. Além disso, o estudo foi publicado na conceituada revista Nature Astronomy, ressaltando a importância do achado.
Quais são os próximos passos na pesquisa de Wasp-193b?
Para desvendar os mistérios que envolvem a formação de Wasp-193b, os cientistas planejam utilizar o Telescópio Espacial James Webb da NASA. Com tecnologia avançada, os pesquisadores esperam investigar mais profunda e detalhadamente a atmosfera deste exoplaneta. Francisco Pozuelos, astrônomo do Instituto de Astrofísica de Andaluzia, expressou a complexidade do desafio: “Este planeta é uma anomalia que diverge de todas as teorias de formação planetária que temos até agora. Ainda não conseguimos explicar como foi formado.”
Diante de tal fascínio e mistério, a continuação deste estudo promete contribuições significativas não apenas para a compreensão de Wasp-193b, mas também para a teoria geral de formação planetária. A capacidade de explorar e entender tais anomalias no universo não apenas expande os horizontes científicos, como também alimenta a imaginação de todos nós, apaixonados pelo vasto e misterioso cosmos.
Siga a gente no Google Notícias