
Um novo entendimento envolvendo Estados Unidos, Rússia e Ucrânia foi anunciado nesta terça-feira (25). Washington comunicou ter firmado acordos em separado com Moscou e Kiev para suspender os ataques no Mar Negro e preservar as instalações de energia em ambos os países.
Segundo a Casa Branca, além da trégua, os americanos vão colaborar com a reabertura do acesso russo ao mercado internacional de fertilizantes e produtos agrícolas. Também haverá apoio às tratativas de paz entre os dois lados.
A iniciativa foi confirmada publicamente pouco depois, por meio de uma publicação do ministro da Defesa ucraniano Rustem Umerov na rede social X. Ele declarou que Kiev concordou com o cessar-fogo no mar e em interromper os ataques à infraestrutura de energia russa, acrescentando que seu país conclamou outras nações a monitorar os deslocamentos militares russos na região.
Ukraine and the United States held bilateral technical consultations in Riyadh focused on the security of energy and critical infrastructure, safe navigation in the Black Sea, and the release and return of our prisoners and children.
Fulfilling the task of the President of…
— Rustem Umerov (@rustem_umerov) March 25, 2025
O que está em jogo com o acordo no Mar Negro?
Rustem Umerov ainda alertou que qualquer deslocamento de navios de guerra russos para além do setor leste do Mar Negro será interpretado como uma violação do acordo.
Ele acrescentou que os Estados Unidos também prometeram apoio a Ucrânia em temas humanitários, como a troca de prisioneiros, o resgate de civis e a repatriação de crianças levadas durante a guerra.
Desde domingo (23), representantes dos três países se reúnem em Riad, na Arábia Saudita, com o objetivo de avançar em soluções diplomáticas para o conflito.
O governo russo classificou como produtiva a reunião realizada na segunda-feira (24) com a delegação americana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que “os resultados da conversa estão sendo analisados”, mas manteve em sigilo o conteúdo das discussões.
No início da guerra, em 2022, uma das primeiras cidades a sofrer com os ataques foi Mariupol, porto estratégico às margens do Mar Negro. Sitiada por tropas russas, permanece sob controle de Moscou.
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