A cervejaria holandesa Heineken anunciou nesta quarta-feira (9) que vai interromper a produção e a venda da cerveja sob a marca Heineken na Rússia. A informação é da marca, no LinkedIn e da empresa e da agência russa TASS.
De acordo com o comunicado, a Heineken também não aceitará mais nenhum benefício financeiro líquido derivado das operações na Rússia
“A Heineken vai interromper a produção, publicidade e venda da marca Heineken na Rússia. Tomaremos medidas imediatas para isolar nossos negócios russos da Heineken Company para interromper o fluxo de dinheiro, royalties e dividendos para fora da Rússia”.
Até segunda ordem, todas as instalações, divisões operacionais e comerciais da empresa no território russo continuarão funcionando, acrescentou a empresa.
A empresa aumentou a lista de boicotes à Rússia por causa da invasão na Ucrânia. Ontem, a Coca-Coca tomou a mesma medida. A Starbucks e o McDonald’s também anunciaram a suspensão das operações no território russo.
Além das críticas dos consumidores contra a guerra, operar no mercado russo ficou difícil depois das sanções econômicas de vários países que visam inviabilizar o máximo de transações financeiras internacionais com os russos. Empresas também têm dificuldade de fazer o transporte de mercadorias, pois as companhias de seguro não querem cobrir eventuais danos aos navios. Assim, o transporte marítimo para levar ou trazer mercadorias da Rússia está praticamente paralisado.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira, dia 24 de fevereiro. O exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano.