A Rússia pediu que os Brics, grupo de economias emergentes que inclui o Brasil, amplie o uso de moedas nacionais e integre sistemas de pagamentos, afirmou o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov neste sábado (9).
Na sexta-feira (8), Siluanov disse em uma reunião ministerial com os Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que o cenário econômico global havia piorado bastante devido às sanções, segundo um comunicado do ministério.
O ministro afirmou que as novas sanções ocidentais contra a Rússia destroem a fundação do atual sistema financeiro e monetário internacional baseado no dólar norte-americano. “Isso nos leva à necessidade de acelerar o trabalho nas seguintes áreas: uso de moedas nacionais para operações de importação-exportação, a integração de sistemas de pagamentos e cartões, nosso próprio sistema de comunicação financeira e a criação pelos Brics de uma agência de avaliação de risco independente”, disse Siluanov.
Empresas como Visa e MasterCard, que são as maiores bandeiras de cartões internacionais, suspenderam operações na Rússia no começo de março e os maiores bancos da Rússia perderam acesso ao principal sistema bancário mundial, o Swift.
Contudo, a Rússia organizou seu próprio sistema de pagamentos, conhecido como SPFS, como uma alternativa ao Swift. O país também montou seu próprio sistema de pagamentos com cartões, MIR, que começou a operar em 2015.
O ministério das Finanças da Rússia ainda disse que os ministros do Brics confirmaram a importância da cooperação para tentar estabilizar a atual situação econômica. “A atual crise foi feita pelo homem, e os países dos Brics têm todas as ferramentas necessárias para mitigar suas consequências para suas economias e para a economia global como um todo”, disse Siluanov.
#BRICS | 🇧🇷🇷🇺🇮🇳🇨🇳🇿🇦 O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou nesta sexta (8) da primeira reunião, sob a presidência da China, de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais dos Brics – grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
— Ministério da Economia (@MinEconomia) April 9, 2022