O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve crescimento de 0,01% em novembro de 2023, após três meses em queda.
Os dados foram divulgados pelo BC nesta sexta-feira (19). O resultado do índice IBC-Br é calculado mediante ajuste sazonal, uma correção aplicada para comparar períodos distintos.
Em agosto, o indicador apresentou uma queda de 0,71%; em setembro, uma leve diminuição de 0,05%; em outubro, uma redução de 0,06%. Em relação a novembro do ano anterior, há um crescimento de 2,19% no indicador.
No acumulado dos primeiros 11 meses de 2023, o IBC-Br registrou um avanço de 2,40%, enquanto nos 12 meses até novembro, apresentou um crescimento de 2,31%. Nesse último caso, o índice foi calculado sem a aplicação do ajuste sazonal.
Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada na segunda-feira (15) pelo Banco Central, em relação ao crescimento do PIB, a previsão é de crescimento de 1,59% para este ano. Para 2025, o boletim também manteve a previsão de crescimento da semana passada de 2%, que também é a mesma para os anos de 2025 e 2026.
O Boletim Focus é divulgado semanalmente e reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
O mercado financeiro reduziu a previsão da inflação para este ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – deve fechar este ano em 3,87%. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 3,90%. Para 2025, a projeção da inflação deve ficar em 3,50%. Para 2026 e 2027, a previsão é que a inflação se mantenha nos 3,5% nos dois anos.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo de meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para 2024, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O comitê informou que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano. A mesma previsão para os anos de 2026 e 2027.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini