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BC projeta 70% de chance de inflação romper meta em 2025

Brasileiros recebem comunicado importante do Banco do Central
Banco Central – Crédito: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

O Banco Central elevou para 70% a probabilidade de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapasse o teto da meta em 2025. Já a chance de a inflação ficar abaixo do limite mínimo estabelecido é considerada nula. Os dados fazem parte do Relatório de Política Monetária, divulgado nesta quinta-feira.

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Para 2026, o risco de o IPCA ultrapassar o teto da meta é de 28%, enquanto a possibilidade de ficar abaixo do piso é de 6%. Os números refletem o cenário traçado com base em dados disponíveis até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 18 e 19 de março.

O que pressiona as projeções de inflação?

As estimativas levam em conta os juros projetados pela pesquisa Focus e partem de uma taxa de câmbio inicial de R$ 5,80, “evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC)”. Também considera que “o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente”. Para o fim de 2025, “adota-se a hipótese de bandeira tarifária ‘verde’”.

A meta oficial de inflação no Brasil é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Caso o IPCA permaneça fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o presidente do BC precisa justificar publicamente a falha. Nessa situação, é exigido o envio de uma carta ao Ministério da Fazenda explicando as causas do descumprimento e as medidas planejadas para restabelecer o controle dos preços.

Segundo o Relatório, a inflação medida pelo IPCA deve ser de 0,63% em março, 0,42% em abril, 0,26% em maio e 0,27% em junho. Com esses números, a expectativa é de uma taxa acumulada de 5,45% nos 12 meses até o fim do primeiro semestre.

A projeção para o acumulado em quatro trimestres indica um IPCA de 3,1% no terceiro trimestre de 2027. Para os anos de 2025 e 2026, as estimativas atualizadas são de 5,1% e 3,7%, respectivamente. No relatório anterior, publicado em dezembro, o BC previa taxas de 4,5% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,2% até o segundo trimestre de 2027.


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