PRORROGAÇÃO

Comissão do Senado aprova desoneração da folha de 17 setores da economia até 2027

Medida, que permite redução de tributos pagos por empresas sobre o salário de funcionários, impacta milhões de empregos diretos e indiretos e perderá validade em dezembro

Comissão do Senado aprova desoneração da folha de 17 setores da economia até 2027
Reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (Crédito Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (24), o projeto que prorroga, até 2027, a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia.

Publicidade

Por acordo, os senadores aprovaram requerimento de urgência para discutir a proposta no plenário principal da Casa, com a previsão de votação em separado de uma das mudanças feitas pela Câmara dos Deputados.

O atual modelo perderá validade em dezembro deste ano. A proposta prevê que a desoneração passe a valer por mais quatro anos — até 31 de dezembro de 2027.

A medida impacta empresas que contratam diretamente 8,9 milhões de pessoas, além de outros milhões de postos de trabalho indiretos. Segundo o texto, podem alterar o regime de tributação os seguintes setores:

– industrial: couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos;

Publicidade

– serviços: tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, call center e comunicação;

– transportes: rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metroferroviário;

– construção: construção civil e pesada.

Publicidade

No parecer aprovado, o relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), rejeitou todas as mudanças feitas pela Câmara durante a discussão da proposta, em agosto.

Nesta terça, no entanto, a pedido de Ciro Nogueira (PP-PI), ele ensaiou incorporar uma das alterações feitas pelos deputados, que permitia reduzir a tributação de empresas de transporte rodoviário coletivo. Com a possibilidade de um pedido de vista (adiamento da votação), Angelo Coronel recuou.

Em acordo costurado pelo autor original da proposta, senador Efraim Filho (União Brasil-PB), os membros da comissão decidiram aprovar o parecer original do relator — excluindo regimentalmente a hipótese de vista — e levar a discussão ao plenário principal do Senado.

Publicidade

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.