aumento real

Déficit primário sobe para R$ 61 bi com 13º para aposentados

O resultado de maio deste ano, que exclui os juros da dívida pública, reflete a diferença entre receitas e despesas

Devido à antecipação do décimo terceiro, as finanças do Governo Central encerraram maio com um déficit primário de R$ 61 bilhões.
Resultado negativo fica acima de estimativas de especialistas – Crédito: Joédson Alves/Agência Brasil

Devido à antecipação do décimo terceiro para aposentados e pensionistas, as finanças do Governo Central (incluindo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) encerraram maio com um déficit primário de R$ 61 bilhões. Esse montante representa um aumento real de 30,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, considerando a inflação.

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Segundo a reportagem da Agência Brasil, este déficit é o segundo pior registrado em meses de maio desde 2020, quando, no início da pandemia de covid-19, o déficit alcançou R$ 126,635 bilhões. O resultado de maio deste ano superou as expectativas das instituições financeiras.

De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada mensalmente pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado previam um déficit de R$ 38,5 bilhões para maio.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Governo Central acumulou um déficit primário de R$ 30 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo era positivo, com um superávit primário de R$ 1,834 bilhão.

O resultado primário, que exclui os juros da dívida pública, reflete a diferença entre receitas e despesas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal visam um déficit primário zero, permitindo uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos.

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No final de maio, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas estimou um déficit primário de R$ 14,5 bilhões para o Governo Central, equivalente a 0,1% do PIB. Graças à arrecadação recorde no início do ano, o governo liberou R$ 2,9 bilhões e manteve a previsão de arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras em 2024 para atingir a meta fiscal.

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